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Um dos traços m ais característicos do espírito grego foi sua intensa curiosidade intelectual. Na Grécia os problemas do universo e do homem foram sempre um motivo de constante preocupação e, daí, o desenvolvimento extraordinário atingido pela Filosofia grega.
Até o século VII a.C. os gregos limitavam-se de explicar o mundo e a natureza através das lendas e crenças que constituíam a sua mitologia. Foi com a Escola de Mileto que se iniciou o pensamento filosófico dos gregos. Seus principais vultos são: Tales de Mileto, Anaximandro e Anaxímenes que eram materialistas e admitiam a existência de uma substância elementar geradora de todas as outras (A água, segundo Tales; o ar, segundo Anaxímenes; uma substância “não gerada e imperecível”, segundo Anaximandro).
Pouco antes de 500 a.C., a filosofia grega deixou de preocupar-se com o mundo físico e procurou estabelecer conceitos sobre problemas metafísicos de difícil compreensão, tais como: a natureza do ser ou o sentido da verdade. Representam bem esta tendência Pitágoras e seus seguidores que admitiam como essência das coisas um princípio abstrato – o número. Neste período destacam-se também Xenófanes que ridicularizou o antropomorfismo religioso e Parmênides e Heráclito que discutiram a natureza da matéria e a essência do universo.
O espírito grego era mais propenso para a arte do que para a ciência. Mesmo assim, legaram-nos os gregos muitas concepções e conquistas no domínio científico, sobretudo na Matemática, na Filosofia e na Medicina.
O fundador da Matemática grega foi Tales de Mileto que concebeu o famoso teorema atribuído a Pitágoras e que ainda hoje tem o seu nome. Anaximandro foi um dos primeiros filósofos gregos que se interessaram pela Biologia, chegando a desenvolver uma rudimentar teoria da evolução orgânica, mas o verdadeiro fundador da ciência biológica foi Aristóteles que dedicou muitos anos de sua vida ao estudo da vida animal.
Como as especulações filosóficas dos gregos sobre os diversos aspectos da natureza é que originaram as diversas ciências, a medicina grega também nasceu nas mãos dos filósofos. O mais importante cultor da medicina grega foi Hipócrates de Cós, que tem a seu mérito o fato de haver descoberto que as doenças tem causas naturais. Foi o iniciador da terapêutica e lançou os fundamentos da clínica médica; é com justa razão considerado como o “pai da medicina”.
Os gregos explicaram satisfatoriamente os eclipses e os meteoros e calcularam as distâncias entre a Terra e o Sol e a Lua. Na Química, criaram o conceito de elemento.