Expansão Marítima Europeia: A partir do século XV, sob a liderança de
portugueses e espanhóis, os europeus começam um processo de intensa globalização, a chamada Expansão Marítima. Este fato também ficou conhecido
como as Grandes Navegações e tinha como principais objetivos: a obtenção de riquezas (atividades comerciais) tanto pela exploração da terra (minerais e vegetais) quanto pela submissão de outros seres humanos ao trabalho escravo (indígenas e africanos), pela pretensão de expansão territorial, pela difusão do cristianismo (catolicismo) para outras civilizações e também pelo desejo de aventura e pela tentativa de superar os perigos do mar (real e imaginário).
Sempre que lemos textos sobre a Expansão Marítima Europeia é comum
encontrarmos referências aos perigos dos mares, a inexperiência e inexatidão
dos navegadores, esses textos nos dão a impressão de que os europeus não tinham
nenhum aparato técnico e tecnológico para a época, e parece-nos que quando
iriam lançar-se ao mar, estariam caminhando na escuridão, sem visão e sem
destino. Quem nunca ouviu dizer ou leu sobre a chegada dos portugueses ao
território do atual Brasil, que esses queriam ir às Índias e se perderam e
acabaram chegando à América! Então, chegaram aqui por acaso?
O infante português D. Henrique iniciou em Sagres (Sul de
Portugal) um local de estudos que reuniu navegadores, cartógrafos, cosmógrafos
e outras pessoas curiosas pelas viagens marítimas.
Este local de estudos
ficou conhecido como Escola de Sagres,
nesta escola desenvolveram novos estudos sobre técnicas de navegação,
aperfeiçoaram a bússola, o astrolábio (ferramentas de orientação geográfica),
produziram constantes mapas das rotas pelos oceanos e criaram novos tipos de
embarcação, por exemplo, as caravelas, mais leves e movidas por velas latinas
de formato triangular, que facilitavam as manobras em alto mar e propiciavam
percorrer maiores distâncias.
As diferenças são nítidas entre o acaso de navegar e a precisão
nas navegações, se analisarmos mapas feitos anteriormente à Escola de Sagres,
percebemos nestes a presença de monstros nas ilustrações dos oceanos como
obstáculos dos navegadores, outro aspecto importante nestes mapas era a
presença de anjos desenhados no céu, representando a proteção aos navegadores,
como se esses anjos estivessem protegendo as embarcações.
Além de superar os perigos reais (as tempestades, as danificações
nas embarcações, as doenças, a fome e a sede), os navegadores, pela mentalidade
medieval, ainda tinham que superar os medos imaginários (os monstros marinhos,
a zona tórrida, a dimensão plana do planeta, quanto mais navegavam mais
próximos estariam do abismo). Acreditamos que a presença dos medos imaginários
existiu, mas as inovações técnicas e tecnológicas (Escola de Sagres)
propiciaram outro “olhar” para as navegações, permitindo a Expansão Marítima
Europeia.
A difusão da ideia da chegada ao continente americano por parte
dos portugueses não passa de um possível enaltecimento dos feitos lusitanos,
que teriam enfrentado o mar tenebroso e heroicamente encontrou o “Novo Mundo”.
Sobre a desconstrução do acaso (se perderam e chegaram a América), temos
relatos que comprovam que outros navegadores chegaram antes de Pedro Álvares
Cabral (abril de 1500), forma eles: o italiano Américo Vespúcio (1499), o
espanhol Vicente Pinzón (1499), e Diego de Lepe (janeiro de 1500), mas não
tomaram posse da terra.
( 1 ) Na Escola de Sagres, em Portugal, quais foram os novos estudos
técnicas de navegação desenvolvidos?
Respostas
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Resposta:
Escola de Sagres teria sido uma escola náutica criada pelo infante D. Henrique na região de Sagres, no Algarve, em Portugal, no século XV.[1] Sua história é contada por Samuel Purchas, em 1625, que desenvolveu a ideia através de um texto de João de Barros.[2] O objetivo da escola teria sido a formação dos navegadores que estavam ao serviço do infante, tanto nacionais como estrangeiros, com conhecimentos de cartografia, geografia e astronomia
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