• Matéria: História
  • Autor: 10alice20
  • Perguntado 4 anos atrás


Os arqueólogos consideram que os indígenas vivem no território de Mato Grosso há quanto tempo?

Respostas

respondido por: thalitamrbueno
2

Resposta:

As pesquisas realizadas no Abrigo do Sol, localizado no alto curso do rio Guaporé, igualmente remetem a ocupação indígena no Mato Grosso ao Pleistoceno, com datas que alcançam até dezenove mil anos (Miller, 1983).

Explicação:

respondido por: arthurasaph4
2

Resposta:O presente artigo tem por objetivo realizar algumas reflexões sobre

a relação sempre tensa e conflituosa entre a prática arqueológica e as

minorias étnicas, neste caso em particular, as sociedades indígenas que

atualmente ocupam terras no Estado de Santa Catarina. Acreditamos

que estas questões são pertinentes na medida em que cresce o número

de pesquisas de arqueologia, principalmente por meio do licenciamento

de obras de engenharia, gerando, desta forma, oportunidades para

pesquisadores e agentes locais travarem relações.

Em um primeiro momento, realizamos uma discussão de como

a arqueologia tem se relacionado com as sociedades indígenas,

descrevendo exemplos bem sucedidos no Brasil. Para o caso

específico do Estado de Santa Catarina, procuramos demonstrar

a viabilidade de tais relações por meio de dois exemplos práticos

por nós efetuados: 1) índios Guarani e Kaingang em Chapecó e;

2) índios Guarani em Palhoça. Sendo que ambas foram realizadas

dentro do âmbito da arqueologia de contrato no ano de 2008. Por

fim, propomos a adoção por pesquisadores de uma arqueologia

socialmente engajada, levando-se em consideração as múltiplas

construções do passado.

Arqueologia e Sociedades Indígenas

A abertura para novos problemas e enfoques que a arqueologia

obteve a partir da década de 1980 já produz efeitos positivos nesta

primeira década do século XXI. Embora com certo atraso, a avaliação

crítica, imprescindível para o desenvolvimento da disciplina, vem

obtendo mais e mais espaço nos textos produzidos por diferentes

gerações de arqueólogos¹.

Esta mesma agenda está incluindo cada vez mais a preocupação

com a função social do arqueólogo e, consequentemente, a adoção

de projetos de pesquisa que incluam as comunidades e as minorias,

ausentes da narrativa historiográfica. Observando os Anais do XIV

Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira, que ocorreu em

2007, na cidade de Florianópolis/SC, percebe-se a inclusão maciça

de pesquisas dos “povos sem história”, no sentido do termo adotado

por Wolf (1990).  

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Os arqueólogos e os índios...vivos! Reflexões sobre arqueologia pública, políticas públicas

e sociedades indígenas - Jaisson Teixeira Lino, Katianne Bruhns

Os motivos do atraso e resistência em agregar as questões sociais

que envolvem a arqueologia devem ser percebidos a partir de um

viés histórico, principalmente observando-se o turbulento período

político ditatorial e a execução, no mesmo período, do Programa

Nacional de Pesquisas Arqueológicas (PRONAPA), cuja diretriz

acrítica, continua ainda nos dias atuais a guiar uma parcela de

pesquisadores (FUNARI, 1994 e 2004).

As sociedades indígenas das Américas, de modo geral, e do

Brasil, em particular, obviamente estão incluídas dentro deste rol de

minorias étnicas, sofrendo genocídio e etnocídio em mais de cinco

séculos! Atualmente, o Estado, e suas políticas de desenvolvimento,

continuam o processo histórico de esbulho dos minguados territórios

indígenas. Não há, deste ponto de vista, como não entender as

ameaças de suicídio coletivo de índios Guarani no Mato Grosso do

Sul².

Uma parcela importante da arqueologia praticada no Brasil, é

antes de mais nada, uma arqueologia indígena, no sentido de estudar,

em seus mais diversos aspectos, os processos de continuidade e

mudança das sociedades nativas, classificadas com termos como

“pré-históricas” ou “pré-coloniais”.

Vale à pena passarmos em revista alguns exemplos de pesquisas

que envolvam arqueologia e sociedades indígenas no Brasil. Para fins

pragmáticos, poderíamos dizer que a arqueologia desenvolve cinco

tipos distintos de atividades, cujos grupos indígenas desempenham

papel importante no processo de construção do passado, contribuindo

para, ao menos diminuirmos a profundidade do abismo de que nos

fala Johnson (2000). Estas atividades são: 1) Inclusão, dentro de uma

perspectiva de longa duração, da história das sociedades indígenas

em tempos históricos em continuidade com o registro estático do

passado; 2) Demarcação de terras; 3) Participação ativa em trabalhos

de campo; 4) Etnoarqueologia e 5) Educação Patrimonial.

Uma massa interessante de trabalhos está incorporando a história

indígena, agregando dados interdisciplinares e contribuindo,

inclusive com a aproximação da arqueologia e da história, em um

quadro interpretativo comum. Deste modo, supera-se a rigidez

Explicação:

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