Respostas
Opa, beleza colega!?
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Resposta:
Esta é a pergunta ética por excelência que Sócrates fez há mais de dois mil anos.
Se ainda se busca tal resposta, é porque a questão é complexa. E para toda questão complexa há saídas fáceis e preguiçosas:
• a saída relativista é afirmar que não existe certo nem errado: o homem é a medida de todas as coisas, dizia o sofista Protágoras, um dos rivais de Sócrates. Por achar bobagem a busca pela verdade moral, ensinava meras técnicas de retórica e oratória para seus alunos em troca de dinheiro. Os sofistas são os pais da publicidade e do marketing político moderno
• a saída cética também tem certo tom demissionário: Já que para cada um que fala o que é certo há outro que diz que tal ponto é errado, o melhor é suspender o juízo e viver em tranquilidade, pautando-se pelo senso comum.
• a saída utilitarista já é mais corajosa ao afirmar que certo é tudo aquilo que gera o maior prazer ao maior número de pessoas. Contudo, quem vive em um dilema entre salvar uma única pessoa querida e mil anônimos deve compreender tal ética como risível.
• a saída voluntarista dita que certo é fazer o que nossa vontade nos manda fazer. Até que ponto, contudo, que obedecer à vontade gera prazer e não uma sensação de aprisionamento? Até que ponto o prazer não tolhe nossa liberdade, quando buscamos o prazer e o bem-estar a qualquer custo?
Tanto estas como outras soluções possuem, em situações extremamente específicas, seus valores. A filosofia, contudo, herdeira do projeto socrático, deve ter como única regra a recusa de soluções fáceis e reducionistas.
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