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Na cultura ocidental, o embate e o antagonismo existente entre a fé (crença religiosa) e a razão tornaram-se claros desde períodos muito antigos. Este tema é relacionado a um período medieval no qual havia um confronto entre os adeptos da religião cristã e os moralistas gregos e romanos, cada um dos grupos objetivando impor os seus pontos de vista.
Filósofos como Pitágoras, Heráclitos e Xenofánes desacreditavam na religião e, dessa forma, marcaram a ruptura entre razão e fé. A Filosofia marca o conflito entre a razão e a fé quando tenta explicar racionalmente os fenômenos, tais como os mitos, recusando a fé cega.
Fé e razão na filosofia
A Filosofia tem como característica o estabelecimento de conceitos cada vez mais racionais através da História e mostra que, desde o início, a relação da fé com razão tem os seus momentos de embate e de reconciliação. Na Grécia Antiga, a Filosofia surgiu como uma tentativa de superar os obstáculos originados de uma fé cega em narrativas de Homero e Hesíodo. Para os seguidores de uma crença religiosa, o espírito é imortal; para a Filosofia, esta é uma afirmação que exige provas concretas.
Por causa dos questionamentos da Filosofia, o Cristianismo se transformou em Teologia, ciência que aborda Deus, mudando os textos da história santificada para teoria. A crença cristã queria fundamentar o seu domínio ideológico, debatendo sobre alguns temas. Porém ainda há certas crenças que não poderiam ser compreendidas por meio da razão e, sem provas lógicas, apoiando-se na fé, tornam-se enigmas que não podem ser questionados, transformando-se em dogmas