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Explicação:Meio século depois, a foto segue sendo uma das mais famosas da história do esporte. Nela, é possível ver Smith e Carlos, primeiro e terceiro colocados da prova dos 200 metros nos Jogos Olímpicos, erguendo o punho fechado e usando uma luva preta durante o hino dos Estados Unidos, um protesto silencioso contra a discriminação racial.
No segundo lugar do pódio, Norman, um atleta branco, dá seu apoio aos dois atletas americanos ao usar um adesivo do "Olympic Project for Human Rights" (OPHR), um movimento pelos direitos humanos que havia convidados os atletas negros a boicotar os Jogos Olímpicos.
Os três homens pagaram caro pelo gesto. Os dois americanos foram suspensos da delegação americana e banidos por toda vida dos Jogos Olímpicos. Norman (1942-2006), que nunca lamentou seu gesto, se tornou um pária na Austrália.
O velocista não foi selecionado para os Jogos de Munique-1972, mesmo tendo corrido diversas vezes abaixo do tempo necessário para se classificar, e também foi esquecido pela organização dos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000.
Foi preciso esperar até 2012, seis anos após a morte de Norman, para que o Parlamento australiano apresentasse um texto pedindo desculpas ao atleta pelo tratamento ao qual foi submetido.
- Momento emblemático -
A federação australiana, a Athletics Australia, explicou que o gesto de Norman era agora reconhecido como "um dos momentos mais emblemáticos do esporte australiano e um momento particular na história olímpica".