Respostas
Resposta:A globalização da economia e os avanços tecnológicos, especialmente a
mídia eletrônica, aproximam universos de toda espécie, situados em qualquer ponto
do planeta, numa variabilidade e numa densificação cada vez maiores. As
subjetividades, independentemente de sua morada, tendem a ser povoadas por afetos
desta profusão cambiante de universos; uma constante mestiçagem de forças
delineia cartografias mutáveis e coloca em cheque seus habituais contornos.
Primeiro as drogas propriamente ditas, fabricadas pela indústria
farmacológica que são pelo menos de três tipos: produtos do narcotráfico,
proporcionando miragens de onipotência ou de uma velocidade compatível com as
exigências do mercado; fórmulas da psiquiatria biológica, nos fazendo crer que essa
turbulência não passa de uma disfunção hormonal ou neurológica; e, para
incrementar o coquetel, miraculosas vitaminas prometendo uma saúde ilimitada,
vacinada contra o stress e a finitude. Evidentemente não está sendo posto em
questão aqui o benefício que trazem tais avanços da indústria farmacológica, mas
apenas seu uso enquanto droga que sustenta a ilusão de identidade
Através da abordagem sociológica, centrada nos trabalhos do autor português Boaventura de Sousa Santos e de reflexões psicanalíticas acerca do contexto atual, este artigo busca articular as mudanças tecnológicas, políticas e sociais presentes em nível global, aos fenômenos subjetivos emergentes, cujas manifestações se fazem presentes na clínica do sofrimento psíquico. Nota-se que a configuração da sociedade contemporânea, marcada pelo paradigma da visibilidade e pelo imperativo do consumo, favorece o surgimento de quadros psicopatológicos centrados na estética e na performance, no entanto, as condições proporcionadas pela globalização também abrem inúmeras possibilidades de subjetivação para além das fronteiras antes impostas ao homem, cuja existência limitava-se a restrita experiência local, gerando novas demandas e possibilidades à prática educacional.
Espero ter ajudado!
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