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Porque essa divisão é muito mais cultural do que geográfica: a fronteira entre Ásia e Europa corresponde, grosso modo, à fronteira entre Ocidente e Oriente. E essa é mais velha que guaraná com rolha.
Antes de Sócrates, por volta de 500 a.C., geógrafos gregos pioneiros como Anaximandro e Hecateu de Mileto já desenhavam um mapa-múndi em forma de pizza, com três fatias de terra de tamanho parecido: Ásia, Europa e Líbia – o norte da África. Nessa concepção, a rede de águas formada pelos mares Egeu, Negro e Cáspio delimitava a fronteira entre Ásia e Europa. Afinal, o mundo grego girava em torno do Mediterrâneo, e ali há corpos d’água separando claramente o Leste do Oeste.
Essa distinção grega pegou. E ficou. Se tornou oficial em 1730, quando o geógrafo e cartógrafo sueco von Strahlenberg propôs a cordilheira Montes Urais (ainda hoje um dos limites oficiais) como a fronteira mais importante do leste.
Uma das explicações para os nomes Europa e Ásia, diga-se, é que eles derivam das palavras que indicavam “Leste” e “Oeste” no idioma acádio (que costumava ser falado na região onde hoje fica a Turquia) – asu e erebu