a história indígena é também de enganos e incompreensões, a começar
pelo próprio vocabulário construído no Ocidente para identificar esses
povos. A palavra índio, hoje consagrada, deriva do equívoco de Colombo,
o “descobridor da América” que julgara ter encontrado as Índias, o “outro
mundo”, como dizia, na sua viagem de 1492.
A palavra vulgarizou-se, pois, desde o começo da colonização ibérica, para
designar genericamente uma infinidade de grupos étnicos, diversos troncos
linguísticos, centenas de famílias linguísticas independentes.
[...]. No Brasil, os jesuítas costumavam designar os nativos por meio do
coletivo gentio. Com o tempo, passaram a diferenciar o cristão, gentio ou
pagão, que no entender dos padres, eram “governados pelo demônio”. A
lógica da catequese foi decisiva nas imagens dos nativos construídas a
partir do Século XVI. Por meio dela, se ia tecendo um movimento de homo-
geneização que apagava as diferenças culturais entre os grupos.
[...]. De todo modo, a necessidade de identificar os povos que habitavam
o Brasil, fosse para melhor catequizá-los, escravizá-los, combatê-los ou
mesmo aliar-se a eles. [...]. A que mais prosperou, sem escapar da nomi-
nação genérica, foi a que distinguiu os Tupis dos Tapuias, correspondendo
os primeiros aos povos que, pela semelhança de língua e costumes, predo-
minavam no litoral brasílico no Século XVI, e os segundos correspondendo
aos “outros”.
qual a crítica que texto apresenta a cerca da presença dos jesuítas no brasil em relação aos povos indígenas?
cangelical085:
Todas estão certas
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Resposta:todas estão certas.
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