• Matéria: Português
  • Autor: arianestyleonline
  • Perguntado 4 anos atrás

Como prevenir a violência dos adolescentes
“(...) Quando deparo com as notícias sobre crimes hediondos envolvendo adolescentes, como o ocorrido com Felipe Silva Caffé e Liana Friedenbach, fico profundamente triste e constrangida. Esse caso é consequência da baixa valorização da prevenção primária da violência por meio das estratégias cientificamente comprovadas, facilmente replicáveis e definitivamente muito mais baratas do que a recuperação de crianças e adolescentes que comentem atos infracionais graves contra a vida.
Talvez seja porque a maioria da população não se deu conta e os que estão no poder nos três níveis não estejam conscientes de seu papel histórico e de sua responsabilidade legal de cuidar do que tem de mais importante à nação: as crianças e os adolescentes, que são o futuro do país e do mundo.
A construção da paz e a prevenção da violência dependem de como promovemos o desenvolvimento físico, social, mental, espiritual e cognitivo das nossas crianças e adolescentes, dentro do seu contexto familiar e comunitário. Trata-se, portanto, de uma ação intersetorial, realizada de maneira sincronizada em cada comunidade, com a participação das famílias, mesmo que estejam incompletas ou desestruturadas (...)”
“(...) Em relação às crianças e adolescentes que cometeram infrações leves ou moderadas que deveriam ser mais bem expressas seu tratamento para a cidadania deveria ser feito com instrumentos bem elaborados e colocados em prática, na família ou próxima dela, com acompanhamento multiprofissional, desobstruindo as penitenciárias, verdadeiras universidades do crime. (...)”
“(...) A prevenção primária da violência inicia-se com a construção de um tecido social saudável e promissor, que começa antes do nascer, com um bom pré-natal, parto de qualidade, aleitamento materno exclusivo até seis meses e o complemento até mais de um ano, vacinação, vigilância nutricional, educação infantil, principalmente propiciando o desenvolvimento e o respeito à fala da criança, o canto, a oração, o brincar, o andar, o jogar; uma educação para a paz e a nãoviolência.
A pastoral da criança, que em 2003 completa 20 anos, forma redes de ação para multiplicar o saber e a solidariedade junto às famílias pobres do país, por meio de mais de 230 mil voluntários, e acompanhou no terceiro trimestre deste ano cerca de 1,7 milhão de crianças menores de seis anos e 80 mil gestantes, de mais de 1,2 milhão de famílias, que moram em 34.784 comunidades de 3.696 municípios do país.
O Brasil é o país que mais reduziu a mortalidade infantil nos últimos dez anos; isso, sem dúvida, é resultado da organização e universalização dos serviços de saúde pública, da melhoria da atenção primária, com todas as limitações que o SUS possa ainda possuir, da descentralização e municipalização dos recursos e dos serviços de saúde. A intensa luta contra a mortalidade infantil, a desnutrição e a violência intrafamiliar contou com a contribuição dessa enorme rede de
solidariedade da Pastoral da Criança. (...)”
“(...) A segunda área da maior importância nessa prevenção primária da violência envolvendo crianças e adolescentes é a educação, a começar pelas creches, escolas infantis e de educação fundamental e de nível médio, que devem valorizar o desenvolvimento do raciocínio e a matemática, a música, a arte, o esporte e a prática da solidariedade humana.
As escolas nas comunidades mais pobres deveriam ter dois turnos, para darem conta da educação integral das crianças e dos adolescentes; deveriam dispor de equipes multiprofissionais atualizadas e capacitadas a avaliar periodicamente os alunos. Urgente é incorporar os ministérios do Esporte e da Cultura às iniciativas da educação, com atividades em larga escala e simples, baratas, facilmente replicáveis e adaptáveis em todo o território nacional. (...)”
“(...) TEXTO MUITO GRANDE
Tomando como base o mesmo fragmento a seguir, é correto afirmar que:

“Trata-se, portanto, de uma ação intersetorial, realizada de maneira sincronizada em cada comunidade, com a participação das famílias, mesmo que estejam incompletas...”.

A) o verbo tratar em: “trata-se” poderia estar no plural, indiferentemente, uma vez que é um caso de concordância especial.
B) o verbo tratar deveria estar no plural por apresentar um sujeito explícito.
C) A 3ª pessoa do singular do verbo referente é que está correto, porque concorda com o sujeito: “uma ação intersetorial”.
D) A 3ª pessoa do singular é que está correto, uma vez que o “se” que o acompanha é classificado como pronome apassivador.
E) O verbo “tratar” não deve ir para o plural, porque o “se” indica a indeterminação do sujeito.

Respostas

respondido por: Jullyahbarbosa
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Resposta:

E) O verbo “tratar” não deve ir para o plural, porque o “se” indica a indeterminação do sujeito.

Explicação:

O verbo "tratar" deve ficar no singular, pois o termo "se" é uma partícula de indeterminação do sujeito.

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