Texto I
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
[...]
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
[...]
ABREU, Casimiro de. As primaveras. São Paulo: Martins Fontes, 2002. p. 38-39.
Texto II
Ai, que saudades que eu tenho
Dos meus doze anos
Que saudade ingrata
Dar banda por aí
Fazendo grandes planos
E chutando lata
Trocando figurinha
Matando passarinho
Colecionando minhoca
Jogando muito botão
Rodopiando pião
Fazendo troca-troca
BUARQUE, Chico. Doze anos. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2015.
O texto de Chico Buarque mantém evidente relação intertextual com o de Casimiro de Abreu. Confrontando-os, pode-se afirmar que:
ambos recuperam com nostalgia e alto grau de idealização os ingênuos tempos de infância.
ambos rememoram os bons tempos da infância, concebendo-os sob o mesmo ponto de vista.
C
há saudosismo em ambos os poemas, porém sob pontos de vista diferentes.
D
em ambos os poemas, o assunto é o mesmo: a infância. Saudosismo, no entanto, é tema apenas do primeiro.
E
em Casimiro, a infância é retratada como o tempo da perversão; em Chico Buarque, como o tempo da inocência.
Respostas
respondido por:
1
Resposta:
letra C
Explicação:
Confia
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