Você acha que a Libras tem algo em comum com a Dança? Explique com suas palavras
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Respostas
Resposta:
A dança é uma atividade física indicada para todas as faixas-etárias. “A idade não é um fator que atrapalhe quem deseja ingressar no universo da dança. Os mais jovens e os mais velhos podem e devem entrar na dança. Cabe aos profissionais adaptarem os passos às limitações físicas de cada aluno”
Explicação:
Quando falamos em comunicação corporal, de arte e poesia relacionada ao corpo. Não há como não se ter em mente o conceito de dança. A primeira imagem que nos vem à mente é de uma bailarina, de uma pintura, tatuagens pelo corpo, qualquer outro tipo de manifestação artística ligada ao conceito de visual, que vem acompanhado no corpo. Mas existe um fato que ate mesmo, os próprios usuários dessa arte linguística desconhecem. Uma linguagem que usa os membros, mãos, tórax, e toda uma expressão facial para se comunicar. Estamos falando da Língua de Sinais Brasileira.
Para alguns uma novidade que se resume ao meio pedagógico, para outros se restringe aos Surdos, para os menos sensíveis, apenas como cadeira obrigatória nos cursos de licenciatura, ou optativa, enfim. Tantas outras visões e interpretações de uma mesma combinação de “gestos” alheios a maioria da população brasileira, em que muitos ainda desconhecem o fato dela ser a segunda língua oficial brasileira. Isso mesmo! Não faz muito tempo, mas existem leis que legitimam esse fato dentro do nosso país. Sim, existe outra língua além dos nossos nativos índios e a língua imposta dos colonizadores portugueses, existe no nosso Brasil algo que parece muito mais estrangeiro do que as palavras emprestadas de outros países, de dialetos de vídeo game.
Porém mesmo com uma maioria mal informada, algo é certo entre todos esses observadores não falantes, a curiosidade de ver uma pessoa fazendo movimentos combinados, tão complexo aos leigos e ao mesmo tempo tão encantador como em uma dança, como em um solo de balé, por exemplo. Pesquisadores recentes levam em conta em seus trabalhos, demonstrar formas gramaticais, sintaxe, semântica, pragmática e mais tantos outros requisitos linguísticos, com a finalidades extremamente primordial de mostrar a seriedade da LIBRAS, principalmente nessa fase de despertar para a comunicação com as mãos. Porem, muitos tem esquecido da essência que faz uma língua ser tão fascinante, a arte que envolve toda a sua estrutura, ao charme de se expressar com os olhos, com um sorriso de canto de boca, a pronunciar palavras com as mãos, tendo direito ate um “sotaque” que varia de região para região.
A LIBRAS tem na sua forma, a sensibilidade presente na arte, no movimento, tem fervor em uma expressão facial, que perde totalmente o sentido se colocação não for devida. Nas demais línguas podem falar de algo, deixando fluir entre os lábios palavras sem sentimento, que são ditas automaticamente, como em um “Oi, tudo bem?”. Enquanto na língua de sinais, como falar que esta feliz, se ao colocar uma expressão no rosto, ou nas mãos, a informação que era passar é de tristeza? Ai que esta toda a complexidade da sinceridade com que é dito e o que se diz, fazendo dessa comunicação única.
E quando uma musica ganha a forma de uma interpretação na língua de sinais, a mensagem parece ser duplicada. E em meio a essa ambiguidade junto a ela tem surgido uma relação cultural. E falar de cultura nos dia de hoje, nos remete a uma associação da diferença, principalmente o questionamento do que ser diferente. Até que ponto nossa mente nos “autoriza” a conceituação de normal e anormal, o que vem a ser cultura e o que diante da sociedade não é.
E mais uma vez vem diferentes questionamentos. Existe espaço para uma cultura se inserir dentro de outra cultura numa mesma sociedade? A experiência visual dos Surdos tem trazido esse debate, como forma de entender uma identidade que tem a base na percepção apenas do que se vê. Surgindo assim dentro de um meio, uma manifestação que se identifica como Cultura Surda, de um sujeito que se reconhece diante das suas limitações, e tem a percepção visual o principal meio de criação. Como um indivíduo que possui um sistema linguístico diferente.