TEXTO I
Canção do exílio
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
DIAS, G. São Paulo: Adonis, 2011 (adaptado).
TEXTO II
Canção do (D) exílio
Nosso céu tem mais primores
Quando o crepúsculo baixa
São os mendigos e as suas dores
Carregadas nos andores
Como defuntos em caixa.
Onde cantou o sabiá,
Cantou outrora a cotovia
E hoje canta, em outro ar
Nenhuma ave, que as não há
Nesta terra, morto o dia.
MACHADO, N. Trindade dantesca. São Luís: Unigraf, 2008 (adaptado).
O fragmento do poema "Canção do (D) exílio", de Nauro Machado, dialoga com o poema de Gonçalves Dias para evidenciar a
a)
saudade do tempo da infância em que não se percebiam os problemas da pátria.
b)
intenção de retorno à pátria, onde ainda era possível ouvir o canto do sabiá.
c)
ironia feita pela aproximação da natureza com os problemas sociais.
d)
tristeza pela degradação da natureza causada pela mão do homem.
e)
natureza como refúgio aos problemas sociais do país
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c
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