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A necessidade de uma gestão eficiente de tecnologias sustentáveis
Antes de tudo, é preciso entender que não basta optar por essa ou aquela tecnologia e usá-la na indústria. Há muitas tecnologias consideradas sustentáveis, mas ainda é preciso saber o que fazer com elas em benefício próprio e da natureza. De que adiantaria, por exemplo, instalar um sistema fotovoltaico e continuar priorizando a energia elétrica?
É preciso, acima de tudo, considerar que a tecnologia sustentável deve ser funcional, e que o gestor precisa definir uma política de uso eficiente. Só assim todos poderão perceber o quanto essa tecnologia pode ajudar na expansão do negócio sem causar danos à natureza.
3 tecnologias sustentáveis
Basicamente, sustentabilidade é o consumo consciente de recursos naturais, de forma que eles não sejam esgotados e que futuras gerações também possam utilizá-los. Assim, as tecnologias sustentáveis são todos os tipos de ferramentas capazes de promover a sustentabilidade.
Elas podem ser eletrônicas, mecânicas e até manuais. O importante é que devem minimizar o consumo de recursos não renováveis e resíduos produzidos. Entre essas tecnologias, podemos citar:
energia solar fotovoltaica;
uso de materiais reciclados;
captação e reutilização da água.
Vejamos, então, como cada uma dessas tecnologias funciona para imóveis industriais.
1. Energia solar
O uso da energia solar por meio de células fotovoltaicas torna a indústria menos dependente da concessionária, reduzindo o custo com energia elétrica.
Trata-se de uma energia limpa e abundante, que não provoca impactos ambientais e não emite gases poluentes. Além disso, uma usina solar fotovoltaica pode ser instalada em espaços subutilizados como, telhados de imóveis industriais, por exemplo.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), se metade da área dos telhados de galpões e armazéns ocupados no Brasil fosse utilizada para a geração de energia elétrica fotovoltaica, a potência instalada seria suficiente para suprir a demanda energética de, aproximadamente, 500 mil residências ou dois milhões de brasileiros.
O sol também pode ser utilizado para o aquecimento de água e até em fornos, além de também ser uma excelente fonte de iluminação natural. Por isso, invista em construções projetadas para o aproveitamento dessa luminosidade!
2. Materiais reciclados
O uso de materiais reciclados promove dupla economia: são mais baratos e geram incentivos tributários às indústrias que os utilizarem.
O Projeto de Lei do Senado nº 385, de 2012, confere crédito presumido de IPI nas operações com produtos que usem materiais reciclados e reduz a zero as alíquotas do PIS/COFINS sobre a receita de venda desses materiais. Bons exemplos são os tijolos PET e blocos Isopet.
Como o próprio nome indica, esses tijolos são compostos de garrafas PET, que diminuem a quantidade de cimento necessário. Já os blocos Isopet são fabricados com areia, cimento e isopor reciclado, além de garrafas PET. Eles permitem a construção de paredes sem a necessidade de argamassa.
O vidro moído pode ser utilizado para substituir parte do cimento Portland, diminuindo o custo de produção do concreto. Peças fabricadas por impressoras 3D também podem ser preenchidas com material reciclado, reduzindo os custos e aumentando em até 70% a rapidez da obra.
3. Captação e reutilização da água
Sistemas de captação da água da chuva podem ser implantados a baixo custo. Essa água pode ser utilizada em sanitários, para lavagem de materiais e áreas livres ou para regar jardins. Dependendo dos requisitos de qualidade, ainda pode ser usada para o resfriamento de peças.
Já a água de reúso passa por um processo de filtragem e tratamento. Chamada também de água cinza, não é potável, ela ainda serve para as mesmas utilizações da água da chuva.
Vale ressaltar, ainda, que não só as tecnologias que ajudam na sustentabilidade. Como vimos no início do artigo, uma boa gestão e organização reduzem o tempo de produção e ajudam a evitar desperdícios. Portanto, ter um bom planejamento é fundamental.
A Indústria Verde
O conceito da Indústria Verde representa a produção e a gestão sustentável, dando prioridade às causas que envolvem o meio ambiente. Ela aplica práticas que, além de reduzir os impactos negativos sobre o meio ambiente, conseguem chamar a atenção de consumidores, fornecedores e investidores, ampliando suas chances de crescimento e de projeção social.
Para ser “verde”, a empresa deve seguir um sistema de gestão ambiental. Essa gestão engloba diversos aspectos sustentáveis — desde a origem, os métodos de extração e os procedimentos de produção da matéria-prima até o controle do destino dos resíduos da indústria, envolvendo logística, manuseio dos produtos e outras coisas.
Surgem, nesse sentido, conceitos como “TI Verde”, “carros verdes” (movidos a combustíveis especiais) etc.