Respostas
Resposta:
A obra "apaga o sangue" de nossa História
Explicação:
Gilberto Freyre descreve a sociedade brasileira como a convivência das três matrizes raciais principais: negros, brancos e indigenas. Diferente dos Estados Unidos, por exemplo, onde houve grande segregação racial (separação entre essas três etnias), aqui no Brasil tivemos muita miscigenação, sendo comum a existência de filhos de pais de diferentes raças. Gilberto Feyre destaca algo importante ao sublinhar que a miscigenção é um traço típico do Brasil, o que foi fundamental naquele contexto extremamente racista, que partia sempre da premissa que a miscigenação era um problema, que criava seres defeituosos, preguiçosos, criminosos, etc. (ponto positivo da obra)
No entanto, ao escrever a história do Brasil dessa maneira, Gilberto Freyre "floreia" demais os acontecimentos, destacando a proximidade entre negros e brancos em ambiente doméstico e sua convivência diária que, por vezes, poderia ser harmoniosa e intima.
No entanto, ele suprime quase que totalmente a parte violenta da convivência entre as raças. Grande parte da miscigenação foi fruto do estupro de escravas por seus senhores e a convivência no dia-a-dia se dava na base do mandonismo, da submissão, da resistência, do sofrimento de ameaças e castigos físicos. Gilberto Freyre é negligente demais ao deixar de lado a violência que permeava essas relações. Ele "pinta" um país harmônico, "cor de rosa". (ponto negativo da obra)