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Resposta:
A Técnica
Para obter resultados satisfatórios, é necessário dominar completamente a técnica da marcha. Por isso se tem de dar a devida importância ao treino das aptidões técnicas, visto que deficiências neste assunto podem mais tarde impedir que faça progressos um atleta bem preparado noutros aspectos.
- Pernas - Um passo longo e econômico é conseguido por meio de acentuada impulsão com a perna traseira. É preciso dar atenção, desde o início, à correta impulsão. O impulso é obtido com o desenrolamento do pé da planta aos dedos. Um instante antes do pé abandonar o solo, deve dar-se o contato do calcanhar do outro pé com o solo, a chamada de duplo apoio. O assentamento do pé deve ser suave e tem de verificar-se antes da completa extensão de joelhos, que evita um efeito de travagem que prejudicaria o impulso de avanço. Após o contato do pé dianteiro com o solo, a perna traseira é suave e descontraidamente puxada à frente, sem descrever um arco de curva, e sem virar, portanto, o pé nem o joelho para fora. A fim de conseguir um passo “rasante”, deve-se evitar uma exagerada elevação dos quadris. O avanço de pé, se for demasiado alto ou amplo, pode provocar uma marcha “saltada”. Em conjunto, o bom marchador caracteriza-se por uma ação de pernas comedida e “rasante”.
- Tronco - O tronco deve ficar inclinado para frente ligeiramente ou se manter ereto. A inclinação excessiva, provoca a corrida, enquanto que a inclinação para trás denuncia mau desenvolvimento dos músculos abdominais e dorsais e envolve risco de perder o necessário contato com o solo.
- Membros Superiores - Os movimentos dos braços devem reforçar o impulso de avanço dado ao corpo pela ação da perna traseira. Nesses movimentos, devem participar os ombros que têm de ser contrários aos movimentos dos quadris e exercem assim um efeito benéfico sobre o comprimento do passo. A melhor forma de movimentação dos braços é um balanço, naturalmente executado, quase até ao meio do tórax. Deve evitar encolher os ombros, pois, provoca um deslocamento desfavorável do centro de gravidade e tende a desligar o atleta do solo. A mão vai no máximo até a altura dos ombros. Aos principiantes de passo curto e irregular, que tendem a “saltar” é aconselhável que mantenham os braços mais baixos e menos fletidos, visto que poderão com isso contrariar tais deficiências.
- Quadris - O atleta deve procurar colocar o pé em frente ao outro, quase no prolongamento. Para isso, necessita de aprender a marchar com um movimento de rotação das articulações dos quadris. A cada passo, quando a perna de trás avança, o quadril tem de executar um movimento de desvio para o outro lado. Além da torção do corpo, há na marcha também um deslocamento horizontal dos eixos do quadril e do ombro. Deve-se evitar o exagero no desvio lateral dos quadris, pois, dificulta o avanço.
Explicação:
A marcha, como se costuma dizer, é aquela prova onde os atletas “correm rebolando”. Na verdade, esse movimento ritmado e curioso acontece porque a marcha não é uma prova de corrida, mas de “andada”, e, assim como quando a gente anda está sempre com um dos pés tocando o chão, as regras da marcha proíbem que o atleta fique sem nenhum dos pés em contato com o solo simultaneamente – ele só pode mover um depois que pisar com o outro. Um atleta que tire os dois pés do chão é advertido, e um atleta advertido três vezes é desclassificado.