Respostas
Resposta:
Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio
Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestrê, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola
Cantando, pachola, à percura de amô
Não tenho sabença, pois nunca estudei
Apenas eu seio o meu nome assiná
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre
E o fio do pobre não pode estudá
Meu verso rastero, singelo e sem graça
Não entra na praça, no rico salão
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vezes, recordando feliz mocidade
Canto uma sodade que mora em meu peito
O poema em questão retrata o trabalhador da roça, o homem simples do campo. O autor, Antônio Gonçalves da Silva, que ficou conhecido por Patativa do Assaré, nasceu no sertão do Ceará em 1909.
ESPERO QUE TENHA AJUDADO DA COMO A MELHOR RESPOSTA EU AGRADEÇO
Resposta:
Faz tempo que não via
A chuva cair sem parar
Vendo a terra encharcada
Sem o sol avistar
No sertão se faz festa
Quando esverdeia a plantação
Quando saía a cor cinza
Nos da pulo de emoção
Por que não há nada mas lindo
Do que ver todos menino
Se molhar no terrerão
Os veio vira menino
Naquela grande diversão
Hoje assim que me sinto
Então pra chuva partindo!
Pulando, correndo e rindo
Agradecendo e me divertindo
Por que fazia tempo que aqui
Não tinha a chuva pra molhar o chão...
Autor: Ezequiel Fernando