(Governo de Pernambuco – Adaptada)Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas. [...] Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pelo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas da mão [...].AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. São Paulo: Atica, 1987.No romance O cortiço, enquanto os seres inanimados aparecem humanizados, os humanos aparecem animalizados. Considerando os trechos sublinhados no texto, assinale a alternativa em que isso se manifesta.A
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o cortiço acordava / fossando e fungando
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