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A filosofia do século XIX e início do século XX estava em crise. As bases que traziam o homem como detentor de direitos fundamentais, inerentes à condição humana, uma melhoria da filosofia grega, agora tinha sido abandonada e dava lugar às teorias de supremacia racial, que justificavam a colonização de países na África, Ásia e Oceania. Essas teorias racistas formaram o arcabouço ideológico necessário para o nazismo, que também pregava que os brancos tidos como puros (arianos) eram superiores, e por isso deveriam extirpar os impuros e promover a purificação da raça.
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As teorias racistas do século XIX (o racismo "científico) e o Nazismo se relacionam não como causa e consequência, mas como pertencendo a um mesmo ambiente ideológico e conceitual.
Não são causa e consequência na medida que houve o aparecimento e adoção do racismo científico em outras regiões que não a Alemanha (nos Estados Unidos, Inglaterra e Bélgica, exemplo), sem que houvesse, nestes países, o desenvolvimento de um modelo político nazi-fascista.
São, contudo, parte de uma mesma tradição que considera haver culturas e povos que são intrinsecamente superiores a outros, e partem das mesmas falsificações científicas - como as teorias de Lombroso sobre a criminalidade - , ou do mesmo tipo de falsificações científicas, para justificar questões que são, na verdade, de natureza ideológica, como a nacionalidade e a cultura.
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