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Monocultura refere-se ao plantio de uma única cultura realizada, comumente, em latifúndios (propriedades rurais de grande extensão exploradas por meio de técnicas de baixa produtividade). Um grande exemplo de monocultura é o cultivo de soja. Existe ainda a monocultura de animais, que consiste na criação de uma única espécie. Um exemplo é a criação de gado voltada para a produção de carne e leite. Essa prática agrícola ou animal está associada a diversos problemas ambientais, como empobrecimento do solo, desmatamento e redução da biodiversidade.
Como é praticada a monocultura?
A monocultura é praticada, geralmente, por proprietário de terra que visa à exportação. Logo, a escolha do produto está associada ao mercado internacional. O cultivo de um único produto em uma grande extensão de terra requer a preparação da área. Para que isso seja possível, é preciso retirar toda a cobertura vegetal, o que provoca inúmeros impactos ambientais. São características dessa prática agrícola:
→ Retirada da cobertura vegetal.
→Preparo do solo para plantio.
→Cultivo de um único produto diversas vezes na mesma área.
→Uso elevado de agrotóxicos.
Consequências da monocultura
A monocultura é uma prática agrícola e pecuária que provoca diversos problemas ambientais. O cultivo de um único produto é extremamente prejudicial ao solo, visto que uma única espécie cultivada sempre em uma mesma área acaba esgotando todos os nutrientes presentes no solo, levando-o à exaustão e ao empobrecimento nutricional.
A monocultura também requer intenso uso de agrotóxicos e fertilizantes, que, se usados com intensidade e de maneira incorreta, provocam a contaminação dos solos, dos lençóis freáticos e dos recursos hídricos próximos à área de cultivo.
Outro problema ambiental associado à prática de um único produto agrícola é o desmatamento. Para viabilizar a produção, é necessário retirar a cobertura vegetal de extensas áreas. O desmatamento, além de provocar alterações climáticas da região, provoca perda da biodiversidade e desequilíbrio ecológico, já que muitas espécies perdem seu habitat e sua fonte de alimentação.
Monocultura da cana-de-açúcar
A cana-de-açúcar passou a ser cultivada no Brasil no início do século XVI, principalmente na região Nordeste do país em virtude das condições climáticas, das características favoráveis do solo e do relevo. Sua produção era voltada para o mercado externo, sendo, portanto, a base da economia nesse período.
O cultivo de cana-de-açúcar no Brasil estava associado às grandes extensões de terra (latifúndios) e ao emprego de mão de obra escrava (indígena e africana). Com a introdução da cultura do café, os trabalhadores rurais deixaram os engenhos e seguiram para as fazendas cafeeiras.
No Brasil, localizam-se, aproximadamente, 400 usinas de processamento de cana-de-açúcar, com produção concentrada na região Sudeste do país. Atualmente, o cultivo tem-se expandido para a região Centro-Oeste. A área destinada à monocultura da cana-de-açúcar representa cerca de 3% do total de terras agricultáveis no país.
Exemplos de monocultura
→ Cultivo de cana-de-açúcar
→ Cultivo de soja
→ Cultivo de café
→ Cultivo de eucalipto
Vantagens e desvantagens
Vantagens: Produtividade a curto prazo, redução nos custos da produção, facilidade no uso de herbicidas, permanência de ciclo de pragas e doenças e produção de cultivos para exportação expressiva para a economia.
Desvantagens: Esgotamento e empobrecimento nutricional do solo, condições favoráveis para existência, em larga escala, de pragas e doenças, desmatamento , desequilíbrio ecológico e perda da biodiversidade e consumo excessivo de água.