(Fuvest-SP) — Os textos literários são obras de discurso, a que falta a imediata referencialidade da linguagem corrente; poéticos, abolem, “destroem” o mundo circundante, cotidiano, graças à função irrealizante da imaginação que os constrói. E prendem‐nos na teia de sua linguagem, a que devem o poder de apelo estético que nos enleia; seduz‐nos o mundo outro, irreal, neles configurado [...]. No entanto, da adesão a esse “mundo de papel”, quando retornamos ao real, nossa experiência, ampliada e renovada pela experiência da obra, à luz do que nos revelou, possibilita redescobri‐lo, sentindo‐o e pensando‐o de maneira diferente e nova. A ilusão, a mentira, o fingimento da ficção, aclara o real ao desligar‐se dele, transfigurando‐o; e aclara‐o já pelo insight que em nós provocou.
Benedito Nunes, “Ética e leitura”, de Crivo de Papel.
O argumento de Benedito Nunes, em torno da natureza artística do discurso literário, nos leva a considerar que a obra de literatura só assume sua função transformadora se
A
estabelece um contraponto entre a fantasia e o mundo.
B
utiliza a linguagem para informar sobre o mundo.
C
instiga no leitor uma atitude reflexiva diante do mundo.
D
oferece ao leitor uma compensação anestesiante do mundo.
E
conduz o leitor a ignorar o mundo real.
Respostas
respondido por:
1
Resposta:
Alternativa C
Explicação:
Não sei explicar muito bem mas pelo o que fui vendo era essa a alternativa correta.
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