(ENEM 2014
Escrever crônica é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista:
prosa de um ficcionista, na qual este é levado meio a tapas pelas personag
situações que, azar dele, criou porque quis. Com um prosador do cotidiano, a co
mais fino. Senta-se ele diante de uma máquina, olha através da janela e busca
em sua imaginação um assunto qualquer, de preferência colhido no not
matutino, ou da véspera, em que, com suas artimanhas peculiares, possa injet
sangue novo. Se nada houver, resta-lhe o recurso de olhar em torno e espera
através de um processo associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda do
e feitos de sua vida emocionalmente despertados pela concentração. Ou enta
última instância, recorrer ao assunto da falta de assunto, já bastante gasto, n
qual, no ato de escrever, pode surgir o inesperado.
MORAES, V. Para Viver um Grande Amor: Crônicas e Poemas. São Paulo: Com
das Letras, 1991.
2. É predominante no texto a função:
A. Metalinguística.
B. Referencial
C. Fática,
D. Poética
Respostas
respondido por:
3
Resposta:
Letra A Metalinguística
Explicação:
No texto, predomina as dificuldades de se escrever uma crônica por meio de uma crônica.
A função utilizada pelo autor foi de metalinguística, já que ele escreveu justamente uma crônica para dizer as dificuldades de se escrever uma crônica.
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