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Filosofia da Grécia Antiga
A filosofia grega antiga surgiu no século VI a.C. e continuou durante todo o período helenístico e no período em que a Grécia e a maioria das terras habitadas por gregos faziam parte do Império Romano. A filosofia foi usada para extrair sentido do mundo de uma maneira não religiosa. Tratava-se de uma ampla variedade de assuntos, incluindo astronomia, matemática, filosofia política, ética, metafísica, ontologia, lógica, biologia, retórica e estética.[1]
A Escola de Atenas (1509–1511), de Rafael, que descreve os famosos filósofos gregos clássicos em um cenário idealizado inspirado na arquitetura grega antiga
A filosofia grega influenciou muito a cultura ocidental desde a sua criação. Alfred North Whitehead observou certa vez: "A caracterização geral mais segura da tradição filosófica europeia é que ela consiste em uma série de notas de rodapé para Platão".[2] Linhas de influência claras e ininterruptas levam desde os antigos filósofos gregos e helenistas até a filosofia islâmica primitiva, o escolasticismo medieval, o renascimento europeu e a era do Iluminismo.[3]
A filosofia grega foi influenciada até certo ponto pela literatura de sabedoria mais antiga e pelas cosmogonias mitológicas do antigo Oriente Próximo, embora a extensão dessa influência seja debatida. O classicista Martin Litchfield West afirma que "o contato com a cosmologia oriental e a teologia ajudaram a libertar a imaginação dos primeiros filósofos gregos; certamente lhes deu muitas ideias sugestivas. Mas eles se ensinaram a raciocinar. A filosofia como entendemos é uma criação grega".[4] O filósofo lituano Algis Uždavinys critica essa afirmação, comparando de forma acadêmica que a filosofia teria se originado da religião e cosmologia do Antigo Egito, evidenciada em suas inscrições antigas, e que teria sido transmitida aos pré-socráticos e a Platão.[5]
As doutrinas de mistério, como o orfismo, os mistérios dionisíacos e eleusinianos, adotavam elementos derivados de tribos dos períodos homéricos ou de povos semíticos (como os cananeus e fenícios),[6] devido ao intercâmbio comercial e cultural do Oriente Próximo com a Grécia, e influenciaram a mitologia grega, a qual, por sua vez, serviu de base para todo o pensamento filosófico e religioso da Grécia Antiga.[7][8][5]
A tradição filosófica subsequente foi tão influenciada por Sócrates como apresentada por Platão que é convencional referir-se à filosofia desenvolvida antes de Sócrates como filosofia pré-socrática. Os períodos seguintes, até e após as guerras de Alexandre, o Grande, são os da filosofia "grega clássica" e "helenística".