Refletindo sobre a chamada “História Institucional”, analise as seguintes assertivas.
I - A História Institucional, dominante e forte, consequência dos princípios da Revolução Francesa e da necessidade de se manter a estrutura do Estado Nacional, e a “heroicização” de seus líderes, sentiu-se culturalmente ameaçada, diante dos acontecimentos resultantes do período das grandes guerras, sendo que, no pós-guerra, a História dos Annales levou à discussão questionamentos sobre a História que era produzida, sobre sua metodologia e suas fontes;
II - A história oficial, apesar das severas críticas que sofre, não devia ser sentenciada e condenada, pois teve seu papel de destaque, fazendo parte integrante da historiografia, dela se retirando e utilizando a contribuição para os estudos históricos;
III - A escrita positivista que amordaçava a imaginação e delimitava as fronteiras do estudo histórico deu lugar à ampliação do objeto de estudo, permitindo à História a recriação de suas abordagens.
Agora responda de acordo com a VERACIDADE das assertivas (Verdadeiro ou Falso).
A)
V; V; V.
B)
F; F; V.
C)
V; V; F.
D)
F; V; F.
E)
V; F; F.
Respostas
I é verdadeira, de modo que o modelo historiográfico tradicional passou por "desafios" no contexto da formação dos Estados Nacionais modernos, tendo de se livrar de parte de suas práticas ao mesmo tempo que preservava algumas outras.
II é verdadeira, de modo que a metodologia tradicional, apesar de falha, não deve ser completamente descartada, mas sim reavaliada, a luz do que sabemos agora, para ser adequadamente empregada.
III é verdadeira, sendo a História muito mais marcada por uma diversidade de pensamento e de método que era no período da supremacia positivista.
Resposta:
V,V,V.
Explicação:
A História Social é diferente da História Cultural, pois possuem tendências históricas que não são iguais, apesar de serem representações múltiplas de imagens da realidade social. Segundo Chartier, a História Institucional, dominante e forte, consequência dos princípios da Revolução Francesa e da necessidade de se manter a estrutura do Estado Nacional, e a “heroicização” de seus líderes, sentiu-se culturalmente ameaçada, diante dos acontecimentos resultantes do período das grandes guerras, sendo que, no pósguerra, a História dos Annales levou à discussão questionamentos sobre a História que era produzida, sobre sua metodologia e suas fontes.
A história oficial, apesar das severas críticas que sofre, não devia ser sentenciada e condenada, pois teve seu papel de destaque, fazendo parte integrante da historiografia, dela se retirando e utilizando a contribuição para os estudos históricos. Para Chartier, com o alargamento do campo da História, procurava-se trazer as grandes massas para a investigação. A partir da pressão exercida pelas ciências sociais, a História, preocupada por constatar o avanço das outras ciências sobre o seu campo, trilha por novos caminhos, novas histórias.
A escrita positivista que amordaçava a imaginação e delimitava as fronteiras do estudo histórico deu lugar à ampliação do objeto de estudo, permitindo à História a recriação de suas abordagens. Com a História das Mentalidades, iniciando-se como Psicologia Histórica e, mais à frente, passando à História Cultural, esta procura identificar o modo como, em diferentes lugares e momentos, uma determinada realidade social é construída, pensada, dada a ler, trazendo a sensibilidade do historiador para a própria compreensão do fato/ fenômeno.