• Matéria: Contabilidade
  • Autor: luciano1809
  • Perguntado 4 anos atrás

FÓRUM

Você se lembra de um famoso jargão publicitário que dizia que “potência não é nada sem controle? Era de uma marca de pneus, que se utilizava do oportuno raciocínio segundo o qual um motor veloz depende da qualidade do pneu para funcionar com mais segurança. “Mas o que isso tem a ver com gestão?

Bem, na verdade, tem tudo a ver. Porque neste estudo de caso vamos falar sobre um assunto que pode muito bem exercer o papel de “pneu” para o motor do seu empreendimento, fazendo com que ele se desenvolva com mais qualidade e eficiência: a controladoria.

Segundo dados do IBGE, 48,2% das empresas brasileiras encerram suas atividades após três anos da sua abertura.

Ou seja, quase metade das empresas acabam por “derrapa e se acidentar, saindo da disputa ainda nas primeiras voltas.

E, segundo pesquisas realizadas pelo Sebrae, quase todos os motivos para esse fim precoce se relacionam à falta de planejamento e ao descontrole na gestão. A conclusão é óbvia: se houvesse, entre os empreendedores brasileiros, uma cultura mais disseminada de controladoria, este número certamente seria menor.

Administrar uma empresa significa controlar todos os aspectos da sua operação. Sendo assim, cada decisão precisa ser pautada na melhoria destes processos. Que vão desde a produção, passam pelo controle e gestão de pessoal, pelo planejamento financeiro, engloba as vendas e transportes, e chegam, é claro, ao patrimônio da entidade.

Assim, o controle patrimonial pode ser entendido como a gestão ou gerenciamento de todo o patrimônio de uma empresa.

Devemos entender o patrimônio como todo o conjunto de bens da empresa, desde os ativos tangíveis (do qual fazem parte imóveis, máquinas, equipamentos, dinheiro em caixa, estoque, investimentos e outros).

Assim também, como os ativos intangíveis do negócio (como o valor da sua empresa ou marca, softwares, direitos autorais, licenças, entre outros).

Um negócio não tem como funcionar sem todos estes ativos e, desta forma, uma gestão constante destes bens é altamente necessária para que a empresa funcione de forma perfeita.

Imagine como exemplo uma determinada máquina fundamental para a produção de uma fábrica. Em caso de defeito, a produção para, gerando problemas para o pessoal da equipe de vendas, para os responsáveis pela entrega e, na ponta do processo, pode haver impacto até sobre o fluxo de caixa.
Portanto, a falta de controle e de conhecimento gera prejuízo.
Quais outros prejuízos podem ser gerados pela falta do controle?

Análise quais as consequências se uma empresa desconta todos os seus recebíveis (duplicatas a receber provenientes de vendas a prazo) e utiliza todos os recursos na operação, você como controller desta empresa o que sinalizaria para a diretoria?

Respostas

respondido por: thayorgute
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Quais outros prejuízos podem ser gerados pela falta do controle?

Algumas oportunidades de negócios também podem ser perdidas por causa da falta de gestão. Tendo em vista que, o controle dos ativos são parte importante no processo de valuation, a avaliação que permite estimar o valor de uma empresa. Ora, não saber o valor real do patrimônio vai tornar este processo muito difícil ou até mesmo impossível.

Essa incapacidade de encontrar o valor do negócio pode inviabilizar um processo de venda. Já que, ao não se conhecer o valor real do patrimônio, uma venda pode terminar em grande prejuízo pela subvalorização do negócio.

Análise quais as consequências se uma empresa desconta todos os seus recebíveis (duplicatas a receber provenientes de vendas a prazo) e utiliza todos os recursos na operação, você como controller desta empresa o que sinalizaria para a diretoria?

As empresas que detém duplicatas a receber de seus clientes podem receber esses valores antecipadamente. Nessa operação, chamada de desconto de duplicata, a empresa não transfere o risco do sacado não honrar sua dívida (risco de crédito). Logo, o título continua registrado como ativo circulante ou não circulante da empresa, conforme previsto no item 29 da NBC TG 38 (R3).

Em essência, a empresa está tomando um empréstimo e oferecendo a duplicata como garantia. O valor recebido pelo adiantamento (empréstimo) deve ser contabilizado como passivo circulante ou não circulante, pelo valor líquido dos encargos cobrados pelo banco.  Os encargos cobrados pelo banco devem ser reconhecidos como despesa financeira, na demonstração do resultado, pelo prazo do desconto da duplicata, utilizado a metodologia de taxa de juros efetiva.

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