• Matéria: Português
  • Autor: Anonimoquequersaber
  • Perguntado 4 anos atrás

No texto "medo" de Odenilde Nogueira Martins qual é o espaço temporal

Respostas

respondido por: marcileiadejesusnazi
0

Resposta:

Explicação:

Mostra o texto


Anonimoquequersaber: iniciou a leitura por “Berenice”. A história era por demais envolvente, a sensação de medo traduzia-se em aumento de adrenalina, o que só ratificava sua preferência pelo autor.
Anonimoquequersaber: Um forte ribombo acompanhado de um risco luminoso cortando o céu, anunciava mudança no tempo. Uma chuva forte estava a caminho, bem próxima. “Atmosfera perfeita”, pensou. Levantou-se para fechar a janela que havia deixado aberta e constatou que o céu estava estrelado. Intrigado, voltou ao sofá para iniciar a leitura de outra história.
Anonimoquequersaber: Tão logo se acomodou, despertou-lhe a atenção uma pequena caixa vermelha sobre o aparador que ficava próximo à janela.



– São os dentes de Berenice – murmurou, em tom irônico.
Anonimoquequersaber: Nem bem abriu o Edgar Allan Poe, a porta da sala fechou-se com um estrondo, e uma lufada de vento invadiu o cômodo, revirando a toalha da mesa e o jornal que o pai havia deixado sobre o aparador.



– Archimedes, por quê? Eu te amo tanto! Por que, meu amor?
Anonimoquequersaber: O que está acontecendo? – balbucia, pálido de terror.



Diante de si, no umbral da porta, está Carla, sangue escorrendo da boca desdentada. O terror intenso põe o rapaz em pé, que, em um movimento violento, quebra o vaso de porcelana da dinastia Ming, adquirido pela mãe em um leilão. Paralisado pelo pavor, vê Carla afastar-se em meio a soluços de dor.
Anonimoquequersaber: Carla, espera! O que aconteceu? – grita desesperado, tentando segui-la, mas é impedido pela mesa de centro. A dor no joelho é tão forte que ele cai.



Quando finalmente consegue levantar-se, o que viu aterrorizou-o ainda mais, lá estava, no sofá revestido de fino veludo italiano, uma pasta de folhas de alface, pepino, catchup e mostarda; no chão, os cacos do pequeno tesouro garimpado pela mãe em uma viagem a Hong Kong. Da caixinha vermelha sobre o aparador, nem sinal.
Anonimoquequersaber: Foi o som do telefone tocando que o tirou do estado catatônico em que se encontrava.



– Alô.

– Archimedes! Espero que tenhas uma desculpa muito boa para o fato de ter me deixado plantada na frente do cinema, ou eu arranco o teu couro! – berrava Carla.
Anonimoquequersaber: Desligou o telefone sem dizer uma palavra. Estava em uma enrascada tremenda, destruiu o sofá e a obra de arte da qual a mãe tanto se gabava. Maldito Edgar Allan Poe e suas histórias! Por culpa dele, quem ficaria sem os dentes, assim que a mãe chegasse, era ele! E ainda perderia a namorada que não ia acreditar que ele estava em casa lendo, adormeceu e, por isso, não fora ao encontro marcado.
Anonimoquequersaber: pronto
Anonimoquequersaber: :c
Perguntas similares