Texto 1
"O Diálogo para a conversão do gentio foi escrito pelo jesuíta Manuel da Nóbrega entre junho de 1556 e dezembro de 1557. Nóbrega, o fundador da política jesuítica no Brasil, chegara quase dez anos antes, em 1549 , na comitiva de Tomé de Souza, o primeiro governador-geral do Brasil. Formada por mais de mil integrantes, essa comitiva, que desembarcou quase meio século depois do 'achamento' de Cabral, afirmava definitivamente a presença da Coroa portuguesa em território brasileiro, e garantia o papel preponderante que seria outorgado à Companhia de Jesus na evangelização das populações locais.
O Diálogo fazia parte da pedagogia empregada nos colégios jesuíticos para a formação de futuros padres.
Na primeira parte do diálogo, os interlocutores expõem os aspectos negativos do indígena, que dificultam ou impossibilitam a conversão. Tais aspectos conformam todo o corpo de referências e costumes sociais,
políticos, psicológicos e religiosos divergentes da moral cristã, e são os inimigos a serem vencidos com as armas da evangelização e da “sujeição bem ordenada”.
Para Manuel da Nóbrega, [os índios] "são tão cruéis e bestiais que assim matam aos que nunca lhes fizeram mal, clérigos, frades, mulheres... Esses gentios a nenhuma coisa adoram, nem conhecem a Deus".
Texto 2
* Frei António de Montesinos, em 1512, no Caribe, pregava aos conquistadores espanhóis:
"Com que direito haveis desencadeado uma guerra atroz contra essas gentes que viviam pacificamente em sua própria terra? Por que os deixais em semelhante estado de extenuação? Por que os matais a exigir que vos tragam diariamente o seu ouro? Acaso não são eles homens? Acaso não possuem razão e alma? Não é sua obrigação amá-los como a vós próprios?".
Texto 3
* Michel de Montaigne, na obra "Ensaios", de 1588:
" [...] Não vajo nada de bárbaro ou selvagem no que dizem daqueles povos; e, na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra. [...] Esses povos não me parecem, pois, merecer o qualitativo de selvagens somente por não terem sido se não muito pouco modificados pela ingerência do espírito humano e não haverem quase nada perdido de sua simplicidade".
ATIVIDADES
1) A conversão dos indígenas foi um princípio central da obra de colonização moderna. Tanto portugueses quanto espanhóis empregaram práticas de catequese com o objetivo de dominar os vários povos nativos para conseguirem mais facilmente espoliar o novo território. Indígenas foram escravizados, aldeados e seus rituais tradicionais foram acusados de serem contrários à "verdadeira fé". No entanto, alguns pensadores da época refutaram esses ideais preconceituosos com o "novo", com o "diferente". Compare as concepções desses autores e explique por que o contexto de Expansão Marítima foi tão violento para os povos nativos. *
2) Os povos indígenas são parte da sociedade brasileira e a legislação federal garante, mesmo que em tese, os seus direitos. O artigo 231 da nossa Constituição diz que "São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens". No entanto, suas culturas ao longo do tempo, como estudamos, foram atacadas. Mas esses povos nativos resistem e lutam para sobreviver. Um exemplo é o Movimento indígena, que tem ganhado cada vez mais voz nos espaços públicos. Aponte algumas características e demandas dos indígenas atuais e comente por que é importante preservar a cultura indígena do Brasil. *
Respostas
respondido por:
1
Resposta:
oi blz
Explicação:
não sei pedão
Narutofofo1234:
lkkkk
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