Pesquise e escreva algumas linhas sobre dois mitos quaisquer da cultura clássica, do Oriente, indígena ou europeu.
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Há muitos anos que o povo indígena da região Norte do Brasil acredita no mito da Vitória-Régia. Segundo a lenda, houve uma índia chamada Naiá, era uma guerreira nascida e criada em uma tribo tupi-guarani dotada de grande beleza, encantava a todos por onde passava, mas como era apaixonada pela lua não se importava com os olhares que recebia. Um dia resolveu que queria ir morar com a lua no céu, pois cresceu ouvindo que a lua era um deus que namorava com as moças mais belas da aldeia e as transformavam em estrelas para poderem passar a eternidade ao seu lado. Naiá subia as colinas todos os dias depois que seu povo dormia, na esperança de ser notada, mas quento mais ela se mostrava menos a lua se interessava por ela. Naiá não toleraria ser ignorada, então passou a perseguir a lua todas as noites, pois estava obcecada. Em uma de suas muitas noites de clamor, Naiá percebeu que a luz da Lua refletia nas águas do lago, bem perto da colina. Pensando que o senhor do seu coração se banhava ali, tão perto, mergulhou no lago em busca daquele que seria — conforme ela acreditava — responsável por sua felicidade.
Naiá não mais voltou, e o deus Lua, comovido, transformou-a em uma estrela, mas bem diferente daquelas que brilham no céu. A linda índia era agora a Vitória-Régia, a estrela das águas, com suas flores perfumadas que mudam de cor conforme o horário do dia — brancas ao cair da noite e rosadas ao raiar do dia.
Outo guerreiro tupi foi o Pirarucu, que ao contrario de seu pai, um líder generoso, tinha o coração perverso. O jovem, que era egoísta e possuía uma vaidade extrema, vivia criticando os deuses e aproveitava quando o seu pai saía da aldeia para executar os indígenas da própria etnia sem nenhum pudor ou motivo. Pelo seu comportamento repugnante o próprio Tupã resolveu puni-lo. Com ajuda do Polo, o deus dos ventos, e Iururaruaçu, a deusa das torrentes, o deus dos deuses provocou uma forte tempestade enquanto o guerreiro caçava às margens do rio Tocantins. Percebendo a presença dos deuses, o guerreiro riu ironicamente e mostrou-se indiferente em relação à tormenta que enfrentava. Os deuses resolveram lhe dar uma lição. Pirarucu foi levado às profundezas do rio, onde foi então transformado em um peixe gigante.