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Mobilizações de mulheres com reivindicações feministas existiram no Brasil em dois períodos anteriores. O primeiro, na segunda metade do século XIX, quando uma série de jornais editados por mulheres levantou a questão da emancipação feminina através da reivindicação do acesso à educação e à instrução. O segundo período, na primeira metade do século XX, quando uma nova geração de feministas — lideradas por Berta Lutz em torno da Federação Brasileira para o Progresso Feminino (FBPF) e por Natércia da Silveira em torno da Aliança Nacional de Mulheres — investiu prioritariamente na luta pelo direito de voto (conquistado pelas brasileiras em 1932), em defesa do trabalho feminino e da promoção social. Nesse mesmo período a escritora Maria Lacerda de Moura, além de desenvolver uma reflexão sobre a cidadania e os direitos políticos, a exemplo de suas contemporâneas defensoras do direito de voto, se interessou pelas discriminações sofridas pela mulher no âmbito da família, pelos mecanismos de criação do conformismo e da submissão no trabalho doméstico e assalariado, aparecendo como precursora de alguns aspectos mais libertários e inovadores do pensamento feminista contemporâneo.
A nova geração de feministas surgida em 1975 se constitui de mulheres nascidas entre 1940 e 1950, que viveram sua infância e adolescência num clima de otimismo e esperança criado por ideais de progresso e de desenvolvimento e entraram na idade adulta quando a modernização da sociedade e a mudança de mentalidade começavam a provocar certas alterações de comportamento, a influenciar as relações entre os sexos. Entretanto, quando os militares assumiram o poder em 1964, inaugurando novo período ditatorial, o feminismo das primeiras mulheres jornalistas do final do século passado, as vidas atribuladas de algumas mulheres transgressoras, pioneiras, isoladas e solitárias, assim como as utopias sociais transformadoras veiculadas por algumas anarquistas nas primeiras décadas do século XX eram apenas lembranças muito longínquas, quase apagadas das memórias, estando ausentes da maior parte dos livros de história. E o direito de voto, grande conquista formal das feministas do passado, mas que não tinha modificado substancialmente as relações entre os sexos, foi seriamente limitado pelo novo regime, não podendo, inclusive, ser exercido para eleição de presidentes durante mais de 20 anos.
A primeira iniciativa do movimento em gestação foi a Semana de Pesquisas sobre o Papel e o Comportamento da Mulher Brasileira, realizada sob o patrocínio da ONU no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) no Rio de Janeiro, de 30 de junho a 6 de julho de 1975, com série de conferências e debates sobre a situação jurídica da mulher, o trabalho feminino, aspectos psíquicos e psicológicos da feminilidade, a educação e os papéis sexuais, a imagem da mulher nas artes e nos meios de comunicação, com a presença e a participação de personalidades e especialistas de diversas áreas. Em outubro do mesmo ano, pesquisadoras e feministas organizaram na Câmara Municipal de São Paulo o Encontro para o Diagnóstico da Mulher Paulista, sob o patrocínio da ONU e da Cúria Metropolitana, com a participação de representantes da Aliança Renovadora Nacional (Arena) e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), únicos partidos políticos que atuavam legalmente, da Igreja, de entidades sindicais. Essas duas iniciativas deram origem, respectivamente, ainda em 1975, ao Centro da Mulher Brasileira (CMB) no Rio de Janeiro e ao Centro de Desenvolvimento da Mulher Brasileira (CDMB) em São Paulo.
Bota uma foto de movimentos feministas.
Resposta:
feminismo: lutar pelo direito das mulheres, black lives matter: lutar pelo fim do racismo
Explicação:
=)