Sofistas: Os primeiros mestres na arte da argumentação .
Etimologicamente, o termo sofista significa sábio. Mas, com o decorrer do tempo e as fortes críticas feitas por
Platão, ganhou o sentido de impostor.
Eram professores viajantes que, por um determinado preço, vendiam
ensinamentos práticos de filosofia. Levando em consideração o interesse dos
alunos, davam aulas de oratória e
retórica.
O momento histórico vivido pela civilização grega favoreceu o desenvolvimento
dos sofistas. Pois era uma época marcada por intensos conflitos de opiniões e
lutas políticas nas assembleias democráticas. Os cidadãos tinham a necessidade
de aprender a arte de argumentar em público para persuadir as assembleias e
fazer prevalecer seus interesses individuais e de classe. Eles transmitiam um
jogo de palavras, raciocínios e concepções utilizadas na arte de convencer as
pessoas, driblando as teses dos adversários. Essas características dos
ensinamentos dos sofistas favorecem o surgimento das concepções filosóficas
relativistas sobre as coisas, ou seja, não há uma verdade única, absoluta. Tudo
seria relativo ao indivíduo, ao momento, a um conjunto de fatores e
circunstâncias.
Platão considerou a sofística como uma atividade viciosa do espírito,
uma arte de manipular raciocínios, de produzir o falso, de iludir os ouvintes,
sem qualquer amor pela verdade.
Entretanto, abordagens mais recentes sobre a atuação dos sofistas
procuram mostrar que o relativismo de suas teses fundamentava-se numa concepção
flexível sobre os homens, a sociedade e a compreensão do real. Para os
sofistas, as opiniões humanas são infindáveis, diversas e não podem ser
reduzidas a uma única verdade.
Os sofistas mais conhecidos foram Protágoras
de Abdera e Górgias de Leontini.
- Protágoras de Abdera: O homem
como medida de todas as coisas.
Nascido em Abdera, cidade litorânea entre a Macedônia e aTrácia,
Protágoras (480-410a.C.) é considerado o primeiro e um dos mais importantes
sofistas. Ensinou por muito tempo em Atenas, tendo como princípio básico de sua
doutrina a ideia de que o homem é a medida de tudo o que existe.
Conforme essa concepção, todas as coisas são relativas às disposições
do homem, isto é, o mundo é o que o homem constrói e destrói. Por isso não
haveria verdades absolutas. Toda verdade seria relativa a determinada pessoa,
grupo social ou cultura.
A filosofia de Protágoras sofreu críticas em seu tempo por dar margem
a um grande subjetivismo: tal coisa é verdadeira se para mim parece verdadeira.
Assim, qualquer tese poderia ser encarada como falsa ou verdadeira, dependendo
da ótica de cada um.
- Górgias de Leontini: O grande
orador.
Górgias de Leontini (487-380a.C.), considerado um dos grandes oradores
da Grécia, aprofundou o subjetivismo relativista de Protágoras a ponto de
defender o ceticismo absoluto, ou seja, que uma única verdade não existe. Ele
afirmava que:
a)
Nada existia;
b) Se
existisse, não poderia ser conhecido;
c)
Mesmo que fosse conhecido, não poderia ser
comunicado a ninguém.
Respostas
respondido por:
1
Resposta:
C)
enfim confia que tu decola
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