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Respondendo ao que os críticos diziam sobre o Teatro do Absurdo, o escritor Eugène Ionesco declarou que “o mundo não é absurdo; o mundo é incrível!”. Comente a frase do autor considerando as transformações sociais e históricas ocorridas a partir da segunda metade do século XX.
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Resposta:
cadê o texto??
Explicação:
cadê o texto
lorenaasouza96:
teatro é das manifestações artísticas mais antigas da humanidade. Foi uma das muitas invenções que os gregos do passado nos adaptaram como escolha, ao lado da democracia, da literatura, da filosofia e conhecimento do científico e dos mitos. Com o teatro se tornado possível mergulhar na trama escrita pelo autor, acreditar na verdade fingida que os atores encenavam, ouvir boa poesia, celebrar os deuses e beber vinho mediterrâneo.
Esse interesse pelas histórias que eram levadas aos palcos chegou à Europa ocidental e resistiu às antigas de anos da Idade Média. Conheceu as ruas com a Commedia dell'Arte, ganhou o gosto popular recontando histórias de amor, vingança e redenção, das vilas camponesas italianas até à corte mundana doses. Então reconquistou sua posição de arte superior com Racine, Moliére e, claro, Shakespeare.
O século XX confirmou essa longa história. O teatro se converteu em ambiente perfeito para a crítica social, para as disputas políticas, para o exercício filosófico, sem nunca deixar de ser o lugar onde as pessoas podem passar algumas horas distantes de seus afazeres cotidianos.
Mas, além disso, o teatro do século XX acompanhou seu tempo, refletindo as incertezas e angústias provocadas pela demência de duas guerras mundiais e a incômoda desconfiança acerca do humano. Seria muito difícil mesmo imaginar que após o massacre de milhões de pessoas, os campos de concentração, o totalitarismo estúpido e duas bombas atômicas insanas resultariam de iguais os padrões de pensamento.
De certa forma os empreendimentos renascentista (séculos XV e XVI), iluminista (século XVIII) e racional-cientificista (século XIX) - que passado depositado tanta convicção na superioridade do caráter humano e em sua natureza sublime - foram duramente questionados, abrindo espaço para novas formas de expressão e compreensão da realidade.
Ainda na virada do século XIX - portanto, anos antes das catástrofes humanitárias provocadas pelas grandes guerras de 1914 e 1939 - o teatro já revelava os sintomas de insatisfação social, com as obras de Ibsen, Jarry e Strindberg. A crítica feroz ou debochada essas autores às elites burguesas europeus já denunciava uma alteração alteração de percepções de seu tempo.
Nada distante do que a literatura de Dostoievski, Tolstoi, Balzac - para citar apenas estes poucos autores - também não foi capaz de gerar. Justo no momento em que a burguesia alcançava seu melhor desempenho - e isso em relação às experiências sociais, políticas ou aperfeiçoamento - o período conhecido como Belle Époque, nascia também em seu bojo a censura, a desaprovação e o incômodo, mordazes e ferinos. O escárnio contra o poder.
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