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Explicação: A chegada de venezuelanos no Brasil tem estampado manchetes devido às tensões entre moradores de Pacaraima (RR) e os estrangeiros. A situação da cidade fronteiriça e do Estado é descrita por moradores como crítica, à medida que migrantes pobres se instalam nas ruas, a sensação de insegurança aumenta e os serviços públicos ficam ainda mais sobrecarregados. Nesta semana, o presidente Michel Temer autorizou o envio das Forças Armadas a Roraima, para atuar na segurança pública.
Crises do tipo se repetem em diversas fronteiras onde o fluxo de refugiados é ainda maior. Mas, embora as tensões sejam latentes, a imigração pode representar oportunidade de desenvolvimento aos países que a recebem. De acordo com estudos e especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, uma onda migratória, se for bem gerida, pode ser positiva.
Mundialmente os imigrantes correspondem a 3,4% da população, mas contribuem desproporcionalmente mais à economia, produzindo quase 10% de toda a riqueza mundial (PIB), aponta levantamento de 2015 da consultoria McKinsey. Imigrantes contribuem com US$ 6,7 trilhões à economia global - cerca de US$ 3 trilhões a mais do que teriam gerado se tivessem apenas permanecido nos países de origem. Em países como a Suíça - onde há políticas de integração -, os imigrantes pagam mais impostos do que recebem de benefícios. Nesse caso o aumento líquido da arrecadação chega a até 2% do PIB, apontam dados da OCDE, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.