Ciência e religião: amigas ou inimigas?
Esta pergunta foi feita pela revista Actualité des religions, número 18, de junho de 2000 para um grande número de cientistas, que, ao mesmo tempo, são homens de fé e de diferentes religiões.
A resposta é praticamente a mesma: ciência e fé são duas formas de conhecimento absolutamente diferentes entre si. Não se chocam. Não se opõem. Não se excluem. Não se substituem uma à outra. Há uma cooperação entre ambas.
Um exemplo para entender melhor a questão: O conhecimento de uma flor pode ser de ordem científica ou de ordem estética. O cientista examina a flor em suas partes, em suas potencialidades de fecundidade, na química de suas cores e em sua função reprodutora. Um pintor ou um jardineiro se deixam tocar pela maravilha de sua existência e de sua beleza. As duas maneiras de conhecer a flor são experiências de conhecimentos distintos que podem coexistir no mesmo sujeito que, assim, conhece o objeto de diferentes formas.
Tanto a ciência quanto a religião apelam para a “experiência”, mas em sentido completamente distinto. A experiência científica usa métodos de observação, medição, catalogação, comparação, análise e conclusões. Estabelece leis de funcionamento, relações e inferências de umas leis com outras, até chegar a desenhar um mapa de uma determinada área de ciência.
A experiência religiosa se aproxima muito da experiência amorosa, feita de entrega, de comunhão, de busca e de confiança.
Daí afirmar que a verdade, mesmo a verdade religiosa, está toda no conhecimento científico, seria como afirmar que toda a verdade do amor está no conhecimento da química do cérebro e dos nervos quando duas pessoas se abraçam.
Ora, para os amantes, a verdade do amor, sem descartar as vibrações do cérebro e dos nervos, não se reduz a isso, mas é um mistério de unidade e de comunhão que transporta ambos para a mais pura graça da vida.
Diferentes saberes
Na questão “ciência e religião: amigas ou inimigas?” aparecem as marcas do passado. Primeiro a religião pretendeu ter as explicações científicas e viu na ciência uma rebeldia perigosa e uma heresia a combater.
Tivemos, assim, entre tantos outros, o triste caso de Galileu Galilei, em que parecia haver uma contradição entre a Bíblia e a Ciência a respeito da Terra. Hoje, tanto teólogos quanto cientistas aprendem a ser mais humildes em suas investigações e em suas afirmações.
Hoje, diante da complexidade e da velocidade de superações de conhecimentos científicos, os cientistas conhecem melhor seus limites e suas possibilidades. Mas também os teólogos sabem que as interpretações dos textos sagrados e as afirmações religiosas estão ligadas à fé. Desta forma, há hoje um clima mais favorável para a interdisciplinaridade, ou seja, para um diálogo de escuta e questionamentos entre as diferentes formas de saber, entre os diferentes “saberes”.
Ciência e religião prosseguem de forma autônoma e paralela. Quem sabe um dia se encontrarão no infinito?
SUSIN, Luiz Carlos. Ciência e Religião: amigas ou inimigas? O Transcendente, agosto/setembro de 2011
Texto adaptado
Utilizando o texto lido, responda:
a. Qual foi a resposta dada pela maioria dos cientistas à pergunta “ciência e religião: amigas ou inimigas”?
b. Quais são os métodos utilizados na experiência científica?
c. Como o texto se refere à experiência religiosa?
d. O texto fala em interdisciplinaridade. O que é isso?
e. Como você definiria “fé” e “ciência”?
Respostas
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Explicação passo-a-passo:
1 foi a ciência inimigas
2 tecnologia
3 munto ruin
4 não saberei le responder
5 fé e a religião que a pessoa acredita,ciencias:munta tecnologia
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