• Matéria: Português
  • Autor: julyebz2007
  • Perguntado 4 anos atrás

Faça um resumo de até 30 linhas sobre a revista: "Da Escravidão até o Racismo Estrutual" de Luiza Villaméa​

Respostas

respondido por: BaixinhaSV
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uras e fiz muitas amizades em todas elas. E o que percebi foi que, em todos os países eViolência é talvez a maior isca usada pela mídia para prender e controlar os seres humanos. A violência gera a emoção destrutiva do medo. E a emoção destrutiva do medo gera necessidade de proteção, de defesa e de ataque, que gera mais violência. Este padrão é algo que adotamos desde a revolução da agricultura, quando colocamos de lado nossa essência humana colaborativa e abundante, e adotamos a escassez como estilo de vida. Quando paramos de compartilhar uns com os outros recursos que considerávamos abundantes, e passamos a competir uns com os outros por recursos que passamos a considerar escassos. E não existe nenhuma lógica de escassez ou de abundância real nessa mudança de mentalidade que ocorreu, é simplesmente uma imaginação adotada como verdade que direcionou nosso comportamento. Quando buscamos situações reais que possam comprovar que a competição por recursos escassos foi algo necessário para que o ser humano enfrentasse alguma falta, nós não encontramos nenhuma evidencia disso. Pelo contrário, seres humanos que vivem a dezenas de milhares de anos nos ambientes mais escassos do planeta, como é o caso dos iKung Bushmen do deserto do Kalahari, ou dos esquimós no Alaska, permanecem vivendo de forma colaborativa e abundante, assim como viviam nossos ancestrais caçadores coletores. O interessante é que quando precisamos, de fato, enfrentar uma escassez de recursos em nossa realidade presente, aí então predomina nossa essência colaborativa. Nossa empatia vem á tona e os seres humanos passam a colaborar uns com os outros como nunca. É o que acontece quando catástrofes naturais abatem sobre as pessoas. São momentos onde a escassez torna-se real, e justamente momentos onde esquecemos as diferenças e competições para voltarmos a ser o que somos, ou seja, humanos.    

Pelo fato de esquecermos ou ignorarmos a discriminação como esta crença social contínua, atos violentos continuam repetindo-se, apesar de todas as revoltas, manifestações, indignações, campanhas, leis e mesmo punições que são geradas para combatê-los sempre que um desses atos chama a atenção da mídia e do público. E isso parece não amenizar ao longo do tempo, parece permanecer igual. Em 1992 aconteceu um ato violento desses nos Estados Unidos, que gerou manifestações no mundo inteiro, além de revoltas violentas contra o racismo que iniciaram na cidade de Los Angeles e disseminaram-se por diversas cidades daquele país. De 1996 a 2004 eu morei naquele país, e diversas vezes, apareceram situações semelhantes àquela na mídia, apesar de haverem leis de proteção a minorias desde a década de 60 fomentadas por Martin Luther King Jr e os direitos civis. E agora, passados quase 30 anos, em 2020 no mesmo país, volta a chamar a atenção da mídia e a gerar revoltas e manifestações, um acontecimento que é a exata repetição daquilo que aconteceu em 1992. Ou seja, analisando somente um período que eu pude acompanhar, em um local em que tive a oportunidade de viver,Discriminação como crença social    

Se ao invés de cor de pele, preferência sexual e local de nascimento, nós escolhêssemos distinguir e classificar as pessoas baseado em outras características como por exemplo identificação com filosofia estoicista, conexão com natureza e prática de artes marciais, é provável que eu tenha muito mais semelhanças com a uma mulher de pele negra nascida no Haiti, com preferência homo-afetiva que fala o idioma crioulo, do que semelhanças com meu próprio irmão. Isso significa que podemos escolher qualquer característica que quisermos para classificar as pessoas, e baseado na classificação que escolhermos, nós iremos pertencer a grupos totalmente diferentes, sem deixarmos de ser a mAlém disso, é certo que estamos agrupando pessoas que, à parte da característica escolhida, não possuem afinidade ou semelhança nenhuma com outra pessoa do mesmo grupo. Ou seja, de fato estamos cometendo uma injustiça ao emitir esse julgamento generalizado onde dizemos que pessoas pertencentes a determinados grupos são iguais entre si, pois na realidade elas não são.

xistem pessoas que dão importância ou atenção para aspectos culturais de seu local ou de seus antepassados, e existem pessoas que não se importam a mínima com isso. Se eu disser que americanos são nacionalistas, estou errado porque tem muitos americanos que não são. Se eu disser que argentinos são arrogantes, também estou errado porque tem muitos argentinos que são humildes e legais. Ou seja, julgamentos culturais são muito problemáticos.  

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