Respostas
A sociedade burguesa que se desenvolveu no século XVIII na Europa recém pacificada das lutas religiosas e das consequências da reforma, desenvolveu uma filosofia da história em cujo centro se encontrava toda a humanidade, que deveria, através da sua liderança, caminhar para um futuro melhor. Havia um sentido utópico de unidade do mundo; segundo o autor, esta ideia de unidade serve de esteio às projecções do mundo contemporâneo (à época da publicação do livro), marcado pela dicotomia dos blocos que caracterizou o período da guerra fria. De igual modo presente, também nesse contexto, a ideia de liderança: ambos os blocos reivindicavam a liderança do mundo em direcção a um futuro melhor, ao mesmo tempo que, reciprocamente, procuravam evitar quebrar um, ainda que frágil, equilíbrio de forças entre eles: é a complementaridade dos seus papéis que produz a ideia de unidade do mundo.