Leia o poema a seguir para responder às questões.
Este inferno de amar, de Almeida Garrett
Este inferno de amar — como eu amo!
Quem mo pôs aqui n’alma… quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida — e que a vida destrói
— Como é que se veio a atear,
Quando — ai quando se há-de ela apagar?
Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez… foi um sonho.
1. O poema, como todo texto literário, trabalha com figuras de linguagem, com uma linguagem figurada. A palavra “inferno” utilizada no poema produz um efeito de *
1 ponto
a) reclamação, pois o poema é uma espécie de lamento do eu lírico por causa do seu sofrimento amoroso.
b) contradição, pois mesmo o amor sendo ruim se comparado ao inferno o eu lírico ama e sonha.
c) ironia, pois o amor não é uma coisa boa apresentada não só no título e no primeiro verso mas em todo poema.
d) quimera, pois o sonho retratado no final se relaciona com a palavra no título e no primeiro verso do poema.
2. (FUVEST) Poderíamos sintetizar uma das características do Romantismo pela seguinte aproximação de opostos: *
1 ponto
a) Aparentemente idealista, foi, na realidade, o primeiro momento do Naturalismo Literário.
b) Cultivando o passado, procurou formas de compreender e explicar o presente.
c) Pregando a liberdade formal, manteve-se preso aos modelos legados pelos clássicos.
e) Voltado para temas nacionalistas, desinteressou-se do elemento exótico, incompatível com a exaltação da pátria.
Respostas
Resposta: 1 B / 2 B
Explicação:
1) O efeito produzido é de contradição, pois mesmo o amor sendo ruim se comparado ao inferno o eu lírico ama e sonha.
2) O Romantismo, como em Almeida Garrett, estabeleceu opostos cultivando o passado, procurou formas de compreender e explicar o presente.
De acordo com o poema "Este inferno de amar", as alternativas corretas são: 1-B, 2-B.
O poema de Almeida Garrett, chamado "Este inferno de amar" traz um sentido contrário aos termos "inferno" e "amar" quando mencionados. Ao mesmo tempo que o eu-lírico ama o (a) seu (sua) amado (a), ele o(a) odeia, pois o amor traz sensações boas e, concomitantemente, ruins.
Com isso, o eu-lírico se questiona como esse sentimento veio aflorar em sua alma e explicita que não se recorda, ou seja, foi um sentimento que tomou conta de si sem que ele nem percebe de antemão.
Analisando o passado, o eu-lírico tenta compreender o presente e as suas querelas em relação ao amor.
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