Respostas
Resposta:
Apresentado pelos EUA juntamente ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o Acordo do Século para o Oriente Médio teve como finalidade resolver os embates históricos entre Israel e a Palestina.
Entre os pontos da proposta está o reconhecimento de Israel como Estado judeu e Jerusalém como sua “capital indivisível”, o que satisfaz desejos históricos israelitas. Além disso, o acordo permite a Israel a anexação de todas as colônias na Cisjordânia e todo Vale do Jordão, tendo com isso, soberania sobre os colonatos lá construídos – disposições estas, contrárias às resoluções da ONU, que exigiam a retirada de Israel dos territórios ocupados após 1967 e o retorno dos refugiados.
Em relação à Palestina, foram ofertados caminhos para formação de seu Estado que parecem pouco prováveis devido a falta de diálogo. Primeiro, o território palestino mais que dobraria de tamanho e o Estado também possuiria uma capital própria em Jerusalém Oriental ( parte leste da cidade de Jerusalém) — onde os EUA abriram uma embaixada. No entanto, não foi explicado exatamente como essa aparente contradição em relação a Jerusalém seria resolvida no plano.
Em segundo lugar, a proposta para criação do Estado palestino esbarra em empecilhos: o território dos palestinos fica aberto a negociações e seria congelada a construção de novos assentamentos por quatro anos. Durante este período, a proposta de paz poderia ser analisada pelas autoridades e negociada com Israel para atingir os critérios necessários para se fazer um Estado — considerando obrigatoriamente o abandono do terrorismo (na visão de Israel) e acordos de segurança com Israel.
Foi proposto também um investimento comercial de US$ 50 bilhões a Palestina, possibilitando prosperidade no local e a formação de aproximadamente 1 milhão de empregos nos próximos dez anos. Metade desse valor seria inicialmente para Gaza, Cisjordânia e países vizinhos como Jordânia e Egito.
Mas a oferta não convenceu as autoridades palestinas já que os líderes palestinos não participaram das negociações sobre o plano.
Explicação: