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O movimento migratório do século XIX teve início quando os habitantes dos países industrializados começaram a sentir crises de desemprego, já que o crescimento da população não cessava e a oferta de mão de obra era maior que o número de postos de trabalho. O facto de a Europa estar na linha da frente na luta contra a mortalidade permitiu-lhe aumentar o seu contingente populacional em relação ao resto do Mundo, partindo da Europa para outros continentes uma grande quantidade de população excedentária atraída principalmente pela América do Norte e América Latina.
Para além do crescimento populacional e do desenvolvimento das comunicações, as populações emigraram também devido a um conjunto cíclico de crises económicas e políticas na Europa, principalmente na segunda metade do século XIX, que intensificaram ainda mais o movimento migratório e as regiões de destino.
A emigração europeia, ao mesmo tempo que fez com que os efeitos da industrialização sobre a mão de obra não se fizessem sentir tanto incentivou a economia dos países acolhedores.
O continente americano foi o que mais sentiu com este movimento migratório, já que os EUA foram o país que maior quantidade de emigrantes europeus recebeu, principalmente vindos da Grã-Bretanha. Estes emigrantes acabaram por colonizar e explorar várias áreas praticamente desabitadas do Norte e do Oeste americanos. Contudo, acabariam por surgir sinais de saturação, o que originou as primeiras leis restritivas de imigração.
No caso do Brasil, a cultura do café, em constante progresso, aliada à abolição da escravatura, resultaria num movimento migratório muito intenso que, a par das excelentes condições naturais do país, levou a um crescimento demográfico em flecha. Na Ásia e na África, a emigração europeia foi pouco relevante.