O parasita
Sabem de uma certa erva, que desdenha a terra para enroscar-se, identificar-se com as altas árvores? É a parasita.
Ora, a sociedade, que tem mais de uma afinidade com as florestas, não podia deixar de ter em si uma porção, ainda que pequena de parasitas. Pois tem, e tão perfeita, tão igual, que nem mesmo mudou de nome.
É uma longa e curiosa família, a dos parasitas sociais; e fora difícil assinalar na estreita esfera das aquarelas – uma relação sinótica das diferentes variedades do tipo. Antes sobre a torre, agarro apenas na passagem as mais salientes e não vou mergulhar-me no fundo e em todos os recantos do oceano social.
Há, como disse, diferentes espécies de parasitas. O mais vulgar e o mais conhecido é o da mesa; mas há-os também em literatura, em política e na igreja.
ASSIS, M. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
Ao utilizar a metáfora do parasita, a crônica leva à reflexão sobre um tipo de relação social baseada no(a)
A) desejo de desenvolvimento pessoal.
B) prejuízo de um em benefício de outro.
C) afinidade entre pessoas da mesma família.
D) quantidade de cidadãos que agem da mesma forma.
E) vantagem para ambos os seres humanos envolvidos.
Respostas
respondido por:
3
B) prejuízo de um em benefício de outro.
prilala94:
Alguém sabe alguma entre 78 e 88 por favor?
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