O TURBULENTO PRIMEIRO REINADO NO BRASIL: A BATALHA DE JENIPAPO
E A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR
Ao imaginarmos o famoso “Grito do Ipiranga”, proferido pelo então Príncipe Regente do Brasil,
D. Pedro, em 07 de setembro de 1822, proclamando a Independência do Brasil em relação à Portugal,
geralmente somos remetidos a um cenário épico, heroico, com cidadãos orgulhosos de seus líderes
e feitos. Automaticamente, temos a impressão que toda a sociedade brasileira desejava com seus
profundos sentimentos sua libertação do laço lusitano e que festejaria a plenos pulmões o grito de in-
dependência. Entretanto, a história oficial traz um cenário bem mesmo romântico do que o imaginário
da sociedade aspirava.
É preciso lembrar que no Brasil residiam milhares de portugueses leais a coroa, desde comerciantes
que teriam mais lucro com a volta do país à condição de colônia à altos funcionários administrativos
ligados à Portugal e não eram favoráveis ao processo de independência do Brasil. Nas províncias de Ma-
ranhão, Pará, Piauí, Ceará e na Cisplatina, grupos favoráveis ao rei ofereceram resistência ao governo
de D. Pedro, não aceitando o rompimento dos laços com a metrópole.
Foi exatamente no Piauí que ocorreu o mais significativo embate entre os grupos de resistência à
Independência e aqueles que apoiavam D. Pedro. No dia 13 de março de 1823, na Batalha de Jenipapo,
tropas do Piauí com apoio de maranhenses e cearenses combateram os portugueses, resultando na
prisão do então governador da província que posteriormente foi deportado para Portugal. Ocorreram
batalhas também nas províncias da Bahia, Maranhão e Pará e ao final de 1823, a resistência foi finalmen-
te vencida.
A turbulência política continua com os crescentes embates de interesses entre a elite agrária e o
autoritarismo de D. Pedro I. Na câmara dos deputados as divergências entre apoiadores e opositores
do Imperador resultou na criação de dois grupos distintos a partir de 1.826. Os Liberais, formado por
desejosos do fim da escravidão, sistema educacional livre do controle religioso e maior autonomia as
províncias e os Conservadores, que apoiavam o sistema vigente.
Em 1824, após a nomeação de um novo presidente para a província
de Pernambuco, os idealistas liberais, Cipriano Barata e Frei Caneca
passam a condenar através da Imprensa o autoritarismo do Impera-
dor, propagando ideais republicanos e conclamando o povo para uma
revolução. Os revoltosos tomam o poder na província e com o apoio
de Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Paraíba proclamaram a Con-
federação do Equador, uma região republicana livre e independente
do Brasil Imperial. A reação do Império foi reprimir com violência a
revolta em Pernambuco, prendendo revoltosos e executando seus
líderes, inclusive Frei Caneca.
Na imagem, representação da execução de Frei Caneca - Por A
Execução de Frei Caneca.jpg: Murillo La Greca (artist)derivative work:
Juniorpetjua - Este ficheiro foi derivado de: A Execução de Frei Ca-
neca.
70
ATIVIDADES
1 – Descreva a Batalha de Jenipapo, explicando os motivos dos conflitos.
2 - O que foi a Confederação do Equador?
3 - Qual era o posicionamento da maioria dos portugueses que residiam no Brasil sobre o Processo de
Independência de 1.822?
Respostas
respondido por:
2
1. Aconteceu às margens do Rio Jenipapo, onde atualmente está a cidade Campo Maior, no Piauí. A batalha se iniciou após terem sido descobertas as intenções do comandante das tropas portuguesas: manter a região sob o domínio português para abafar os movimentos de independência que se desenvolviam na área.
2. Foi um movimento político onde os envolvidos nesse evento se contrapunham à Constituição promulgada pelo imperador D. Pedro I e às medidas autoritárias que ele vinha tomando durante o seu governo.
3. Não eram a favor, principalmente "comerciantes que teriam mais lucro com a volta do país à condição de colônia à altos funcionários administrativos ligados à Portugal" (trecho retirado do texto).
lukabastet:
não consegui escrever as fontes na resposta porque o brainly censura a palavra "gū3rr4"
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