Respostas
Resposta:
Tendo em vista as mudanças que ocorreram na balança de poder do Sistema
Internacional (SI) no período pós-Guerra Fria, com a derrocada da União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e a ascensão dos Estados Unidos da
América (EUA) como única potência hegemônica, surge a necessidade de
entender as novas políticas governamentais que afetam esse status quo e a
estabilidade das relações internacionais. A ordem mundial liberal baseada em
regras estabelecida pelos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial está
sendo contestada e posta em xeque principalmente pela ascensão da China e a
formação de novos polos de poder. Neste cenário, a China se coloca como um
potencial candidato à superpotência internacional. Embora ainda esteja longe de
alcançar os EUA, percebe-se uma maior assertividade deste país em relação
aos seus interesses tanto internamente como externamente. A maior
aproximação da China com a Rússia nos últimos anos pode ser entendida como
uma forma de contrabalançar o poderio estadunidense e diminuir a distância de
poder existente entre esses três países. Por tanto, o objetivo desta pesquisa é
analisar a política externa chinesa e sua projeção de poder, a aproximação deste
país com a Rússia e as implicações que a ascensão chinesa oferece à balança
de poder e a ordem mundial sob enfoque neorrealista. A metodologia adotada
foi a pesquisa qualitativa de caráter exploratório, que visa levantar informações
através de pesquisa bibliográfica e documental sobre o tema estudado. A partir
da análise, pôde-se concluir que a China e os Estados Unidos estão engajados
em um processo lento de transição de poder, onde a Rússia exerce um papel
fundamental como forma de contrabalançar poder e buscar diminuir as ações de
contenção por parte dos EUA.