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Sob a administração do PNA, o apartheid chegou a estar presente nas instâncias mais elementares da vida pública cotidiana. Bebedouros, banheiros, bancos de praça, assentos de ônibus, todos os mais diversos espaços de convivência públicos estavam segregados, com placas delimitando o que estava reservado apenas para negros e apenas para brancos. Isso é apenas uma metonímia do que ocorria em toda a esfera geral das políticas públicas, na qual havia oficialmente um desfavorecimento em relação à população negra.
Muitas formas de resistência contra o apartheid tornaram-se conhecidas a partir da formação da União Sul-Africana. Um exemplo foi o Congresso Nacional Africano (CNA), fundado em 1912. Na década de 1940, com a ascensão do PNA, uma frente radical, orientada pelo comunismo revolucionário, nasceu do CNA. Essa frente passou a praticar atos de terrorismo no território sul-africano com vistas a provocar instabilidade política na região. Nelson Mandela foi um desses radicais. Mandela chegou a receber treinamento de guerrilha e terrorismo com os comunistas da Argélia, no início da década de 1960, e foi preso por tais práticas em 1962 e julgado e condenado à prisão perpétua em 1964.
Apesar de suas ligações com o terrorismo revolucionário, Mandela tornou-se um símbolo de resistência contra o regime do apartheid. Esse regime foi abolido apenas em 1989 com o governo de Frederick de Klerk. Um ano depois Mandela foi libertado da prisão. Os dois, Klerk e Mandela, receberam o prêmio Nobel da Paz em 1993.