• Matéria: Português
  • Autor: vcmontano007
  • Perguntado 4 anos atrás

alguem me ajuda por favor!!!!!

CANTO IV (I-JUCA PIRAMA)

Meu canto de morte,

Guerreiros, ouvi:

Sou filho das selvas,

Nas selvas cresci;

Guerreiros, descendo

Da tribo Tupi.



Da tribo pujante,

Que agora anda errante

Por fado inconstante,

Guerreiros, nasci:

Sou bravo, sou forte,

Sou filho do Norte;

Meu canto de morte,

Guerreiros, ouvi.









Já vi cruas brigas,

De tribos imigas,

E as duras fadigas

Da guerra provei;

Nas ondas mendaces

Senti pelas faces

Os silvos fugaces

Dos ventos que amei.



Andei longes terras,

Lidei cruas guerras,

Vaguei pelas serras

Dos vis Aimorés;

Vi lutas de bravos,

Vi fortes — escravos!

De estranhos ignavos

Calcados aos pés.



E os campos talados,

E os arcos quebrados,

E os piagas coitados

Sem seus maracás;

E os meigos cantores,

Servindo a senhores,

Que vinham traidores,

Com mostras de paz.



Aos golpes do imigo

Meu último amigo,

Sem lar, sem abrigo

Caiu junto a mi!

Com plácido rosto,

Sereno e composto,

O acerbo desgosto

Comigo sofri.



Meu pai a meu lado

Já cego e quebrado,

De penas ralado,





Firmava-se em mi:

Nós ambos, mesquinhos,

Por ínvios caminhos,

Cobertos d’espinhos

Chegamos aqui!



O velho no entanto

Sofrendo já tanto

De fome e quebranto,

Só queria morrer!

Não mais me contenho,

Nas matas me embrenho,

Das frechas que tenho

Me quero valer.



Então, forasteiro,

Caí prisioneiro

De um troço guerreiro

Com que me encontrei:

O cru dessossego

Do pai fraco e cego,

Enquanto não chego,

Qual seja — dizei!



Eu era o seu guia

Na noite sombria,

A só alegria

Que Deus lhe deixou:

Em mim se apoiava,

Em mim se firmava,

Em mim descansava,

Que filho lhe sou.



Ao velho coitado

De penas ralado,

Já cego e quebrado,

Que resta? - Morrer.









Enquanto descreve

O giro tão breve

Da vida que teve,

Deixa-me viver!



Não vil, não ignavo,

Mas forte, mas bravo,

Serei vosso escravo:

Aqui virei ter.

Guerreiros, não coro

Do pranto que choro;

Se a vida deploro,

Também sei morrer.

Questões:

1 O tupi, em um dos momentos mais belos da literatura brasileira, canta seus feitos, fala quem é. Em qual(is) estrofe(s) isso acontece? Transcreva alguns trechos.

2 I – Juca Pirama aprisionado pelos Timbiras declama o seu canto de morte e pede ao Timbiras que deixem-no ir. Qual a justificativa para esse pedido?

3 Identifique na última estrofe os versos em que o prisioneiro propõe um acordo. Qual é esse acordo?

4 Comente a figura do índio tupi como representante do nacionalismo brasileiro.

5 Qual foi o “crime” cometido pelo jovem tupi do qual o velho pai o acusa?

Respostas

respondido por: ciaal7445
0

Resposta:

Oie mas oq é para fazer amigo(a)?

Explicação:


vcmontano007: me ajudar nessas 5 questoes, pq não entendi mt bem
ciaal7445: Olha vc tem que ler o texto e responder as perguntar
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