SOCIEDADE A palavra “sociedade” vem do latim societas, que significa “associação amistosa com outros”. E societas é derivado de socius, que significa “companheiro”. Com base nesse conceito, o significado de sociedade é intimamente relacionado ao que se chama de social. A sociedade não se resume a um conjunto de indivíduos que apenas vivem juntos em determinada região, embora seja bastante comum usar o termo sociedade para expressar o coletivo de cidadãos.Em sociologia, uma sociedade é o conjunto de pessoas sujeitas a uma organização social, leis e instituições regulatórias da vida dos indivíduos, e que favoreçam as relações mútuas e a interação, constituindo, assim, uma comunidade. Pessoas unidas por tradições, crenças ou valores políticos e culturais comuns também são chamadas de sociedades (por exemplo, judaico-cristã, oriental, ocidental etc.). Entretanto, nesse contexto, o termo “sociedade” tem como finalidade a comparação ou uma referência. Os pensadores Durkheim, Marx e Weber conceberam o conceito de sociedade de maneiras diferentes. Cada um definiu a constituição da sociedade do ponto de vista do seu ideal quanto ao papel político, social ou econômico do indivíduo.Para Émile Durkheim, o ser humano é coagido a seguir regras definidas em cada sociedade. A isto ele chamou de fatos sociais, que se resumem na coerção do indivíduo, o qual é constrangido, ou seja, obrigado a seguir normas sociais que lhe são impostas. Isso acontece desde seu nascimento e o persegue por toda a vida. Em outras palavras, a sociedade é a controladora das ações do indivíduo, que aprende a seguir normas que lhe são exteriores (não foram criadas por ele) e, apesar de gozar de liberdade e de autonomia em suas escolhas, essas estão dentro dos limites que a sociedade impõe, pois será punido socialmente se ultrapassar as fronteiras impostas.Para Karl Marx, numa sociedade capitalista, o acúmulo de bens materiais é valorizado, enquanto o bem-estar coletivo é secundário. Assim compreendido, a sociedade é heterogênea e constituída por classes sociais (burguesia/elite e proletariado) que se sustentam por meio de ideologias das elites que possuem o controle dos meios de produção. O trabalhador é obrigado a trocar sua força de trabalho por um salário suficiente apenas para sua sobrevivência e de sua família, enquanto o capitalista acumula capital (lucro), que é o símbolo maior de poder, de prestígio e status social.Max Weber não concebeu uma teoria geral para a sociedade. Sua preocupação ficou mais voltada para o estudo das situações sociais concretas, a expressão do comportamento externo do indivíduo. Para Weber, a sociedade constitui um sistema de poder que perpassa todos os níveis, desde as relações de classe a governados e governantes, como nas relações cotidianas na família ou na empresa, leis, normas, costumes. O berço da razãoA superação do senso comum passa, obrigatoriamente, pelo uso da razão como instrumento de compreensão do mundo ao redor, permitindo ao sociólogo desnaturalizar falsas realidades. Esse processo iniciou na Grécia Antiga, quando o povo passou a utilizar-se da razão para compreender o mundo, abandonando as explicações míticas que se pautavam em seres fantásticos para responder às inquietações e indagações humanas a respeito do cosmo e da existência humana.Mas, enquanto a filosofia buscava uma visão contemplativa, mítica, a ciência procurava uma aplicação prática do conhecimento, o que começava a se tornar realidade com a Revolução Científica do século XVI e com o advento do Iluminismo no século XVIII, como relata o texto abaixo:NASCIMENTO DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICOPelo menos até o século 18, a maioria dos campos de conhecimento, hoje enquadrados sob o rótulo de ciências, era ainda, como na Antiguidade Clássica, parte integral dos grandes sistemas filosóficos. A constituição de saberes autônomos, organizados em disciplinas específicas, como a Biologia ou a própria Sociologia, envolverá, de uma forma ou de outra, a progressiva redefinição das questões últimas colocadas tradicionalmente pela reflexão filosófica, como a liberdade e a razão.Weber. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011. p. 12.O texto se refere à capacidade de a mente humana chegar a conclusões com base em algumas suposições. É, entre outros, um dos meios pelos quais os seres racionais propõem explicações para causa e efeito, ou seja, para entender conceitos, abstrações e resolver problemas. Inclui raciocínio, compreensão e julgamento.
1. Segundo o autor, como se dá a superação do conhecimento de senso comum? *
2. O povo grego passou a fazer uso da razão para compreender o mundo e as indagações a respeito do cosmo e da existência humana. O que representava essa atitude? *
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1. A filosofia pode superar o senso comum instigando os indivíduos a conhecerem a si mesmos e a sociedade que os rodeiam investigando as coisas ao seu redor e se valendo de outros conhecimentos, como o científico por exemplo.
Este método defendido por Platão consiste na superação da ignorância é o " ato de sair da caverna", ou seja, do mundo das sombras " dos achismos" e entender como de fato a vida funciona.
2. representa uma atitude filosófica, determinada pelo posicionamento crítico, pois o ser humano, enquanto ser racional, passa a entender o mundo e sua realidade de forma distinta, ou seja, a atitude filosófica é determinada pela postura crítica que o homem adota frente às determinações e imposições sociais.
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