Transposição didática.
Em texto clássico sobre a proclamação da República, publicado originalmente em 1965, a historiadora Emilia Viotti da Costa afirmava que era possível, senão necessário, fazer “uma série de reparos” às interpretações correntes sobre aquele evento, “eliminando certos mitos que se forjaram ao sabor das lutas políticas e sociais e que foram incorporados à história, sob a roupagem da erudição”. Tais “reparos” dirigiam-se, essencialmente, àquilo que a autora classificava como uma supervalorização de alguns elementos, como a abolição, a questão religiosa e a questão militar. Em conhecida obra destinada ao ensino médio, no título chamado “O fim do império” podemos encontrar os seguinte subtítulos: “Questão religiosa”, “Questão militar” e “O golpe final” que se refere justamente à abolição. (J. J. Arruda & N. Piletti, Toda a História, p. 297, 8 ed., 1999). Diante disso, pode-se dizer que:
As abordagens estão em perfeita consonância, pois a primeira nada mais é senão uma versão mais complexa da segunda porque apresenta elementos mais detalhados o que facilita a compreensão do aluno.
As abordagens exemplificam bem como a história ensinada na verdade nada mais faz que simplificar a produção da história acadêmica.
Há total contradição entre as abordagens, a ponto da segunda negar a primeira e, assim, distorcer a história do Brasil.
A história ensinada e discutida nos livros didáticos deve ter somente como parâmetro a história pesquisada pelos historiadores e, portanto, a segunda afirmação está incorreta e não deveria ser divulgada na escola.
A história ensinada e discutida nos livros didáticos não é necessariamente uma reprodução da história acadêmica, mas é pertinente que haja um diálogo entre os estudos historiográficos e a produção do livro didático.
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A história ensinada e discutida nos livros didáticos não é necessariamente uma reprodução da história acadêmica, mas é pertinente que haja um diálogo entre os estudos historiográficos e a produção do livro didático.
Explicação:
gilsonapcarneiro:
Correta, o diálogo é fundamental para que haja a transposição didática.
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