Leia o poema para responder à questão
Quando, a primeira vez, da minha terra
Deixei as noites de amoroso encanto,
A minha doce amante suspirando
Volveu-me os olhos úmidos de pranto.
Um romance cantou de despedida,
Mas a saudade amortecia o canto!
Lágrimas enxugou nos olhos belos...
E deu-me o lenço que molhava o pranto.
Quantos anos, contudo, já passaram!
Não olvido porém amor tão santo!
Guardo ainda num cofre perfumado
O lenço dela que molhava o pranto...
Nunca mais a encontrei na minha vida,
Eu contudo, meu Deus, amava-a tanto!
Oh! quando eu morra estendam no meu rosto
O lenço que eu banhei também de pranto!
A mulher romântica colocada nos poemas e nos romances possui características especificas correspondentes ao comportamento carregado de ultrarromantismo por parte do jovem burguês. Ao ler o poema de Azevedo é possível ver, com mais clareza, essa imagem.
REDIJA um parágrafo em que se esclareça como era essa mulher e relacione-a à imagem de “LUCÍOLA” de José de Alencar.
URGENTE
Respostas
Resposta:
A mulher romântica colocada nos poemas e nos romances possui características especificas correspondentes ao comportamento carregado de ultrarromantismo por parte do jovem burguês
A mulher romântica é idealizada, inalcançável, sendo sempre considerada um misto de anjo e demônio.
Quais são as características da mulher romântica?
A mulher romântica é sempre idealizada e considerada inalcançável pelos autores desse movimento literário. Por ser idealizada, é elevada ao nível da perfeição e desperta uma paixão incontrolável nos homens. Por ser inalcançável, leva quem se apaixona por elas a um fim trágico. Desse modo, é considerada um misto de anjo (representada pela sua perfeição e pela pureza que exala de seu ser) e demônio (por levar quem se apaixona por ela a um fim trágico, normalmente à morte ou loucura).
No caso de Lucíola, essa dualidade pode ser vista no personagem de Lúcia, visto que ela utiliza esse nome ao exercer seu papel como cortesã na cidade do Rio de Janeiro (demônio) e conforme ela se apaixona e se envolve com Paulo, o protagonista da história, adota novamente seu nome de batismo, Maria da Glória, mas com o passar do tempo ela nega relações até com ele próprio, tornando-se “pura” (anjo).
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