• Matéria: Português
  • Autor: Anônimo
  • Perguntado 4 anos atrás

Minha tia xereta e a nova vizinha

Eu morava com minha tia em um condomínio muito pacato, desses nos quais todos os vizinhos

se conhecem e sabem da vida uns dos outros. Um dia surgiu ali uma pessoa que, por seu

comportamento, acabou destoando dessa característica local.

Era a nova vizinha; e era muito, muito bonita. Vivia só e não gastava conversa com ninguém

dali. Mas, todas as noites, havia um entra-e-sai esquisito de rapazes muito alinhados de seu

apartamento. Minha tia Adelaide, muito puritana e fiscal da vida alheia, resolveu xeretar.

A rotina era sempre a mesma: por volta das vinte horas, iniciava-se a chegada dos rapazes.

Em seguida, luzes começavam a piscar de forma irregular, pessoas conversavam e faziam todo tipo

de barulho. Minha tia, de sua janela, ia ficando cada dia mais intrigada.

— Eles chegam de noite, fazem a baderna deles e, lá pelas vinte e três horas, saem, dizendo

estarem cansados, que é cansativo, mas que vale a pena... Alguns chegam a sair ajustando as

roupas! Que pouca vergonha!

Duas semanas foi o tempo que minha tia levou para tomar coragem e ligar para a polícia,

solicitando uma intervenção.

— Tem um apartamento muito suspeito aqui e está incomodando a todos.

Na verdade, era apenas titia quem estava se sentindo incomodada.

— Por favor, façam logo alguma coisa! Aquilo lá mais parece um bordel!

— Pois não, madame. Estamos enviando uma viatura para aí agora mesmo. Mas antes a

senhora, por gentileza, me passe os seus dados.

Menos de dez minutos depois, minha tia, debruçada em seu observatório, a janela, acompanha

excitada a chegada da polícia.

— Vianinha! — Vianinha era eu. — Vianinha, corre aqui, meu filho! Venha ver, que agora é que

vão pegar a sirigaita!

Fui até onde ela se encontrava. Dali pudemos acompanhar o desembarque de dois policiais

que se encaminharam para o edifício. Poucos minutos depois, os dois deixaram o prédio e

atravessaram serenamente a rua, em direção à portaria de nosso bloco. A campainha tocou, e minha

tia, como uma adolescente descontrolada, correu para abrir a porta.

— Boa noite, senhora — cumprimentou um dos policiais. — A senhora é a Dona Adelaide?

— Sim, sou eu mesma — empertigou-se titia.

Os dois policiais se entreolharam. Depois um deles, com expressão grave, disse:

— Parabéns! A senhora acaba de nos fornecer um flagrante...

Minha tia, não aguentando mais de expectativa, o interrompeu:

— E então? Fale logo! Vão levar a prostitut@?

— Como eu ia dizendo, a senhora nos forneceu um flagrante. Um flagrante de um estúdio

fotográfico de modelos. A moça, na verdade, estuda moda à tarde e, durante a noite, tira fotografias

de modelos masculinos. Se a senhora continuar achando isso vergonhoso ou algo assim, pode ligar;

não para a polícia, mas para um psicólogo. No mais, faça-nos um grande favor, sim? Deixe a moça

trabalhar em paz.

Pena que por perto não havia nenhum balde para eu enfiar a minha cabeça.


1. Qual é o enredo do texto?

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2. Qual é o tipo de narrador do texto? Justifique.

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3. Qual é o conflito do texto?

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4. Qual é o clímax do texto?

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5. Qual é o desfecho da narrativa?

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Respostas

respondido por: pandinhogamerytof
2

Resposta:

xeretaKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK desculpa

Explicação:

.


fnaus: vei c é muito otari*
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