O caricaturista Benedito Carneiro Bastos Barreto, o Belmonte, publicou no jornal paulistano Folha da Noite essas caricaturas de Getúlio Vargas. Elas retratam as reações de Getúlio às condições históricas de cada ano de seu governo, de 1930 a 1937. Escolha dois quadrinhos, cite o momento histórico que cada um representa e explique as razões das reações emocionais de Getúlio a esses momentos.
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Resposta:
No quadro do ano de 1935, Vargas é apresentado sorridente, provavelmente por ter aprovado a Lei de Segurança Nacional, que lhe outorgava poderes políticos supraconstitucionais; ademais sagrou-se vitorioso ao abafar o levante comunista de 1935. Em 1937, Getúlio desferiu um inteligente golpe político, que inaugurou a ditadura do Estado Novo, caracterizada por ser centralizadora e repressora, o que justifica o semblante sério do presidente.
Sobre a Era Vargas, as caricaturas representam:
- 1930 → Revolução de 1930 e início da Era Vargas;
- 1931 → regulamentação de sindicatos das classes patronais e operárias;
- 1932 → Revolução Constitucionalista dos paulistas contra o golpe de Vargas;
- 1933 → instalação da Assembleia Nacional Constituinte por meio de voto popular;
- 1934 → novo mandato presidencial de Vargas por votação indireta pelo Congresso Nacional;
- 1935 → Lei de Segurança Nacional que elencava crimes contra a ordem política e social, combatendo subversão da ordem pública;
- 1936 → limitação do poderio militar dos estados, submetendo as polícias militares ao Exército pela lei nº 192 e criação da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial pelo Banco do Brasil. Inicia-se o momento de sucessão presidencial;
- 1937 → golpe de Estado, fechamento do Congresso Nacional, outorga de nova Constituição, extinção de partidos políticos e Plano Cohen.
Revolução de 1930 e Era Vargas
Foi um golpe contra o presidente eleito Júlio Prestes, contrário aos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba. Por meio destes estados, uma aliança política (Aliança Liberal) não aceitou os resultados da eleição, impedindo a posse de Prestes.
Na Revolução de 1930, o assassinato do candidato a vice-presidente foi utilizado como justificativa para um golpe contra a república oligárquica e a ascensão de Getúlio Vargas à presidência da república. João Pessoa foi assassinado por motivos pessoais — e não políticos — mas tornou-se o estopim do conflito armado.
A oligarquia paulista encerrou a política do café com leite com a candidatura de Prestes, que após alguns entraves desencadeou um movimento armado que culminou no Governo Provisório de Vargas (1930 – 1934).
No Governo Constitucional, Vargas é eleito por voto indireto pelos congressistas (1934 – 1937). Durante o Estado Novo (1937 – 1945), caracterizou-se a proximidade entre o governo Vargas e alguns grupos intelectuais a fim de conquistar a simpatia dos “formadores de opinião” que apoiavam a causa do governo.
Para mais informações sobre o Estado Novo, acesse:
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