• Matéria: Português
  • Autor: thiagojtr13
  • Perguntado 4 anos atrás

Preciso identificar duas metáforas nesse texto, me ajudem!!1

A doutora em microbiologia Natalia Pasternak, pesquisadora da Universidade
de São Paulo (USP), falou com exclusividade à coluna sobre a ivermectina,
antiparasitário que é a bola da vez na lista dos remédios que aparecem como
promessa de prevenção e cura contra o novo coronavírus – sem comprovação
científica.
Desde o fim de semana, o remédio, que é usado para tratar infestações de pulgas
e piolhos, virou assunto em Santa Catarina por dois motivos: de um lado, a saída
de médicos do comitê de enfrentamento à Covid-19 em Balneário Camboriú
após a medicação ser inserida nos protocolos de tratamento inicial dos pacientes
com coronavírus. De outro, a decisão da prefeitura de Itajaí de distribuir doses
para a população, supondo propriedades preventivas da medicação.
Natalia Pasternak falou sobre as pesquisas em torno do medicamento, os
protocolos defendidos por grupos médicos e o que a ciência prepara em
medicamentos e vacinas para enfrentar a pandemia. A pesquisadora é
fundadora do Instituto Questão de Ciência, organização que se dedica à
promoção de políticas públicas baseadas em evidências científicas.
Faz sentido usar a ivermectina contra o coronavírus?
Não faz, não temos evidências suficientes de que a ivermectina seja bom
medicamento. Ela foi testada nos estágios bem iniciais, bem preliminares de um
teste clínico, que foi na bancada do laboratório. Em tubo de ensaio mesmo, o
estágio que a gente chama de in vitro. E nessa parte, in vitro, a gente testa o
medicamento em cultura de células no laboratório. Nesses testes, tem uma
infinidade de princípios ativos que funcionam como antivirais. Mas depois,
quando você vai testar em animais e em humanos, não funciona. Isso é o

caminho normal de um medicamento, é assim que a ciência funciona. Trabalhar
com desenvolvimento de fármacos é superfrustrante, a maior parte dá errado.
São pouquíssimos produtos que dão certo in vitro, e que realmente chegam
depois no mercado de medicamentos. A ivermectina está nesse comecinho, ela
não foi testada ainda nem em animais nem em humanos para Covid-19.
A ivermectina não foi testada ainda nem em animais nem em humanos para
Covid-19.
É um medicamento que foi testado e aprovado para tratamento de piolho, pulga,

algumas verminoses, é um antiparasitário. Pode ser que funcione para Covid-
19? Até pode ser, mas a gente não tem essa informação ainda. E essa

informação está bem longe de ser obtida, precisa fazer todo esse caminho.
Qual o risco de se adotar esse tipo de protocolo com as pesquisas tão
iniciais?
O risco individual é muito baixo, no sentido de que não é um medicamento que,
se for usado na dose de bula, vai fazer mal para alguém. Quem tomou, não
precisa se preocupar. A não ser pessoas que tenham alergia, alguma reação.
Mas, em geral, é um remédio muito seguro quando é usado nas doses de bula
para tratamento de verminoses, de piolho. Agora, socialmente, gera um
problema porque é um remédio que, ainda mais sendo distribuído pela rede de
saúde pública como profilático, pode gerar uma falsa sensação de segurança na
população, e a achar – eu estou tomando um remédio profilático, que não vai me
deixar doente, então não preciso mais seguir as normas de segurança. Não
preciso fazer distanciamento físico, não preciso usar a máscara, posso visitar
meus pais idosos. Então, ele pode gerar uma mudança de comportamento que
é muito arriscada. Além do custo que isso tem para os cofres públicos. A gente
está falando em investir milhões e milhões de reais para a compra de um
medicamento, para que ele fique disponível na rede pública, quando não tem
nenhuma evidência científica para embasar.

Respostas

respondido por: isabelleanjos19
0

Resposta:

"Isso é ocaminho normal de um medicamento, é assim que a ciência funciona"

"Nesses testes, tem uma

infinidade de princípios ativos que funcionam como antivirais."

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