As pombas
Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
Das pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada.
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais, de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam
Os sonhos, um a um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais.
CORREIA, Raimundo. In: BANDEIRA, Manuel.Antologia dos poetas brasileiros:
fase parnasiana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1996.p.154.
O soneto “As pombas” tornou-se tão conhecido que
seu autor passou a ser identificado como o “poeta
das pombas”. No texto, a revoada das aves é
apresentada como uma cena do amanhecer. Na
terceira estrofe, contudo, o conteúdo do soneto
ganha consistência com a analogia (semelhança)
entre:
(A) Pombas e corações.
(B) Corações e sonhos.
(C) Pombas e Sonhos.
(D) Amanhecer e revoada.
(E) Amanhecer e sonhos.
Respostas
respondido por:
4
letra c)
Nota-se que o autor afirma que as pombas sempre voltam aos pombais. Diferente dos sonhos, que com o passar do tempo, sem perdem.
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